Quando se esperava que o Tribunal de Justiça da Bahia ganhasse uma nova dinâmica com a presidência de Sílvia Zarif, na prática, o que está se configurando é que as coisas vão ficar pior, pelo menos para a população. A redução de horário de atendimento ao público em uma hora concentrando num único turno, das 13 às 19h, significa senão um retrocesso porque ainda será testado a partir do início de março, uma dessas medidas que não resulta em melhoria dos serviços.

   Segundo a presidente haverá maior facilidade de locomoção e redução de despesas. A OAB entende que não será assim e o presidente Saul Quadros atesta que faltaram consultas a Ordem. A falta de atendimento aos advogados no turno da manhã, como originalmente ocorria trará, prejuízios aos advogados.

   A desembargadora presidente também  fez uma frase de efeito ao assumir o TJ frisando que iria reservar uma dia no mês para julgar prefeitos. 

   O presidente da UPB, Orlando Santiago, durante solenidade que homenageou o ex-governador Lomanto Júnior esta semana colocando seu nome no auditório, protestou contra a proposta da presidente do TJ, entendendo que se trata de um pré-julgamento, uma situação discriminatória com os chefes dos executivos.

   Enquete realizada pelo Bahia Já entre 7 e 9 de fevereiro últimos os leitores do Bahia também reprovaram a proposta da desembargadora entendendo que ela promoveu apenas um factóide e nenhum prefeito será condenado. Dos 62 leitores que votaram, 50 (80.65%), acham isso; enquanto 12 (19.35%) admitem que pode dar em alguma coisa.