Direito

PRESO EM CORRETINA PROMOTOR DE JUSTIÇA ACUSADO DE ESTUPRO

Informações do MPE
| 07/02/2008 às 14:01
  Após cerca de seis meses foragido, foi preso no último dia 1º de fevereiro, no município de Correntina (localizado a 919 Km de Salvador), o promotor de Justiça Marcos Antônio da Silva Gonzaga, condenado, desde maio de 2006, a mais de nove anos e meio de prisão pela prática de estupros e ameaças contra uma adolescente do município de Itaberada, na Chapada Diamantina.

  A ação que resultou na prisão do promotor foi deflagrada pelo próprio Ministério Público estadual, através do seu Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que vinha rastreando as movimentações bancárias efetuadas por Marcos Gonzaga em terminais do Bradesco.


  De acordo com o promotor de Justiça Paulo Gomes, coordenador do Gaeco, o banco passou a fornecer as informações para ele após o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto ter requerido, em agosto, o rastreamento da conta bancária do promotor. Foram identificados saques em agências de Maceió (Alagoas), Garanhus (Pernambuco), Lauro de Freitas e Salvador, sendo que as operações bancárias passaram a se concentrar em Santa Maria da Vitória e Correntina desde o último dia 13 de janeiro, conforme explicou Gomes.

  Com base nos dados, policiais do Gaeco se deslocaram para a região, onde permaneceram por uma semana até deflagrarem a prisão de Gonzaga no Centro de Abastecimento de Correntina. O mandado de prisão foi expedido em agosto pela desembargadora do Tribunal de Justiça Sílvia Zarif.


  O promotor de Justiça, que tem contra ele uma ação civil de decretação de perda do cargo proposta pelo procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto em setembro último, não reagiu à prisão, sendo encaminhado pelos policiais da Assistência Militar do MP para a Delegacia de Correntina e, no mesmo dia, para o 12º Batalhão da Polícia Militar, em Camaçari, onde se encontra. Marcos Gonzaga deverá ser citado nos próximos dias e, com isso, a tramitação da ação civil que visa a sua expulsão dos quadros do Ministério Público baiano poderá correr de forma mais ágil.

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