De acordo com o promotor de Justiça Paulo Gomes, coordenador do Gaeco, o banco passou a fornecer as informações para ele após o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto ter requerido, em agosto, o rastreamento da conta bancária do promotor. Foram identificados saques em agências de Maceió (Alagoas), Garanhus (Pernambuco), Lauro de Freitas e Salvador, sendo que as operações bancárias passaram a se concentrar em Santa Maria da Vitória e Correntina desde o último dia 13 de janeiro, conforme explicou Gomes.
Com base nos dados, policiais do Gaeco se deslocaram para a região, onde permaneceram por uma semana até deflagrarem a prisão de Gonzaga no Centro de Abastecimento de Correntina. O mandado de prisão foi expedido em agosto pela desembargadora do Tribunal de Justiça Sílvia Zarif.
O promotor de Justiça, que tem contra ele uma ação civil de decretação de perda do cargo proposta pelo procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto em setembro último, não reagiu à prisão, sendo encaminhado pelos policiais da Assistência Militar do MP para a Delegacia de Correntina e, no mesmo dia, para o 12º Batalhão da Polícia Militar, em Camaçari, onde se encontra. Marcos Gonzaga deverá ser citado nos próximos dias e, com isso, a tramitação da ação civil que visa a sua expulsão dos quadros do Ministério Público baiano poderá correr de forma mais ágil.
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