A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marília Murici, emitiu uma nova através da assessoria de imprensa da SJCDH sobre as acusações feitas pelo ex-superintendente do Procon, Sérgio São Bernardo que a classificou de praticar "assédio moral e racismo institicional" dando conta de que os "motivos de sua exoneração foram exclusivamente de natureza administrativa".

  Ainda segundo a nota, "as graves acusações de racismo e assédio moral carecem de qualquer fundamento. A história de vida pessoal, política e profissional da secretária é o maior testemunho do seu respeito aos direitos humanos e às diferenças, inclusive as de credo e etnia. As realizações da SJCDH durante o ano de 2007 são reveladoras desse comportamento".

   Há informes dando conta de que a secretária acionará a Procuradoria Geral do Estado para saber que providências tomará contra a atitude de São Bernardo. Em A Tarde, edição deste sexta-feira, 28, o advogado criminalista Fernando Santana disse que foi contatado pela SJCDH no sentido de examinar o caso e a carta do ex-procurador. 

   Sérgio São Bernardo tem se recusado a falar com a imprensa nesses últimos dias. Mas, existem articulações de setores do movimento negro no sentido de apoiá-lo. Até agora, somente o Movimento Negro Unificado (MNU) sustenta que fará uma manifestação pública de apoio a Sérgio. Os outros segmentos estão mudos. Parece até que esse caso aconteceu na China.

   COMENTÁRIO 
   DO BAHIA JÁ

   A notícia sobre o episódio de Sérgio Augusto São Bernardo envolvendo a secretária de Justiça do Estado, Marília Murici, está completando uma semana com um desgaste enorme à imagem do governo, sem que a secretária convoque a imprensa e exponha o seu ponto de vista, a sua versão sobre o acontecido.

   Causa espécie que a secretária se encontre em São Paulo, duas horas e vinte minutos de vôo e não venha a Salvador explicar o que aconteceu. A nota divulgada ontem pela SJCDH é pouco esclarecedora, resumida e com referência ao passado histórico da secretária, trajetória que ninguém está questionando.

  O que a imprensa e a opinião pública querem saber é sobre o presente, o que ocorreu com Sérgio São Bernardo. E só. 

   Providencias outras que venha a tomar entra no campo do direito.