O governo do Estado através do secretário da Promoção da Igualdade, o ex-deputado Luis Alberto, está tentando resolver uma questão gravíssima de denúncia de "assédio moral e racismo institucional" contra uma secretária de Estado, Marília Murici, da Justiça e Direitos Humanos, de forma administrativa retornando o denunciante Sérgio São Bernardo ao quadro funcional estatal.

  Trata-se, sem dúvida de uma mudança enorme de comportamento do secretário Luis Alberto conhecido em Salvador por sua luta em defesa dos direitos humanos, sobretudo dos mestiços e negros baianos, tais como Sérgio São Bernardo, querendo conciliar uma postura de governo, o qual, deveria, isto sim, dar uma satisfação à sociedade.

   Ou seja, explicar ponto por ponto o que se passou deixando tudo às claras, de forma transparente, como o próprio governo diz ser.

   O caso envolvendo Sérgio São Bernardo é gravíssimos, posto que, a denúncia foi feita contra uma secretária de Estado. E, o que é mais grave ainda: secretária da Justiça e Direitos Humanos. 

  Daí que até entende-se a postura conciliadora do secretário Luis Alberto por pertencer aos quadros do governo no mesmo status da secretária Murici, mas, é preciso que ele observe sua trajetória política e não despreze todo seu passado histórico.

   Esses movimentos em falso costumam deixar sequelas irreparáveis e Luis Alberto, como todos sabem, é um militante histórico da causa dos negros, e certamente será cobrado por isso. 

  Vale observar, também, que apesar da denúncia de Sérgio São Bernardo ter sido feita há mais de 10 dias, os movimentos de entidades negras da Bahia não se movimentaram ainda.

   Se mantém num silêncio tumular, salvo o MNU que na palavra de Hamilton Borges, vai promover uma manifestação de protesto em 
Salvador, e um protesto em carta aberta posta aqui no Bahia Já de um militante de Feira de Santana.

  O deputado Heraldo Rocha, líder do DEM na AL cobra uma posição institucional do governo do Estado.

  A sociedade baiana espera uma resposta da secretária Marília Murici, urgente e como o caso requer, e não essa omissão imperdoável.

   O governador Jaques Wagner deve avocar a sí este caso, pois, se esta matéria alcançar nível nacional (e internacional) vai manchar a imagem do seu governo.