Direito

AMBIENTALISTAS PROTESTAM CONTRA CONSTRUÇÃO DO EMISSÁRIO DE JAGUARIBE

Os três grupos assinaram matéria paga em A Tarde
| 09/12/2007 às 15:21

  Uma passeata de protesto entre o Aeroclube e a Praia dos Artistas, na orla atlântica, marcou a posição do Gambá, Sindae e Comitê de Defesa da Praia dos Artistas, contra a construção do emissário submarino na Praia dos Artistas, na Boca do Rio.

  Eles temem o dano ambiental que poderia resultar do despejo de esgoto na região. Um dos possíveis transtornos que poderia resultar do emissário, de acordo com os manifestantes, é a Maré Vermelha, fenômeno decorrente da poluição, que impulsiona a reprodução de algas tóxicas que mata os peixes.


  Em Informe Publicitário (Nota de Protesto) publicada em A Tarde deste domingo, 9, o Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), o Sindicato dos Trabalhadores em Águas e Esgoto da Bahia (Sindae) e o Comitê de Defesa da Praia dos Artistas e Fórum de Defesa do São Francisco, protestam contra a assinatura da ordem de serviço dada pelo governo do Estado através da Embasa à Odebrecht, no último dia 3, visando a construação do Sistema de Disposição Oceânica de Jaguaribe (SDO do Jaguaribe), o novo emissário de Salvador.

   Diz a nota que é "repudiante que a ordem de serviço de um contrato de R$619.5 milhões seja assinada sem anterior e amplo conhecimento da sociedade, o que, lamentavelmente, denota falta de transparência nos atos do governo". Além disso, diz a nota, como a Odebrecht vai "construir e operar o sistema, significa o início da privatização do saneamento básico na Bahia".

  Segundo o grupo que assinou a nota, o contrato inicial foi assinado ainda no governo Paulo Souto, no final de sua gestão, o atual governo prometeu discutir as questões e dar todas as informações, mas "ficou em promessas". 

   Enquanto isso negociava com a Odebrecht, mesmo "sabendo que a legalidade do projeto está sendo questionada no Ministério Público".

   A nota critiaca ainda a omissão da Prefeitura, considera que o emissiário da Jaguaribe é desnecessário e condena o volumoso gasto para a execuação do projeto".