Os servidores da Justiça não se intimidaram com o ultimato do presidente do TJ, Benito Figueiredo, para que retornassem ao trabalho, a partir de hoje, segunda, 5, e suspendessem a greve. Nem mesmo o decreto que determinou (no papel) o fim do movimento não teve o menor efeito entre os serventuários da Justiça.
Os servidores querem a reestruturação do Plano de Cargos e Salários e se sentiram injustiçados porque essa matéria não se inseriu dentro do contexto da nova Lei de Organização do Judiciário (LOJ). O assunto deverá repercutir na AL esta tarde, mesmo a matéria tendo sido aprovada por unanimidade dos deputados.
De acordo com a diretora de imprensa do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Leila Fontoura, a medida adotada pelo Presidente do Tribunal de Justiça (TJ-BA), desembargador Benito Figueiredo foi "arbitrária e intransigente".
Fontoura contesta ainda a legitimidade do julgamento do mérito. Segundo ela, a presidente do Sinpojud, Maria José Silva irá a Brasília para uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). "Vamos até lá para saber se o parecer da 5ª Vara da Fazenda Pública pode é válido, pois ao nosso ver isso é da competência da Justiça Trabalhista", informa.