Reunidos na última quarta-feira, 15, em plenária, os sindicatos de servidores públicos estaduais filiados a Fetrab decidiram intensificar a mobilização para pressionar o Governo a acelerar as discussões em torno das reivindicações dos servidores.

   A Federação enviará carta ao governador Wagner, comunicando o descontentamento com a lentidão das negociações e a desorganização das mesas setoriais, que muito pouco produziu até o momento.

  Os fatos dos últimos dias empurraram a Fetrab a mudar sua estratégia. A Federação e a quase totalidade dos sindicatos vêm dando um crédito de confiança ao SENP (Sistema Estadual de Negociação Permanente), apostando na Mesa Central e nas Mesas Setoriais como instrumentos de avanços na relação entre governo e servidores.

   Mas, o que parece, é que são as representações do governo nas mesas que não estão dando crédito ao que determinou o governador.

   FAZENDÁRIOS 

  O caso da Fazenda é exemplar. Exatos 70 dias após instalada a Mesa Setorial, até hoje, sequer uma única resposta concreta foi dada aos fazendários em torno de suas reivindicações, apresentadas desde 5 de junho.

  Acordado mesmo, até agora, só a instalação de um Grupo de Trabalho para discutir Carreira, mas que ainda não tem data para começar a funcionar. No âmbito mais geral, nem mesmo a determinação de Wagner de reintegrar os demitidos por questões políticas foi cumprida pelas secretarias.

   A Fetrab espera inclusive alertar o Governador para esta situação. A SAEB promete para o dia 22 de agosto, quarta que vem, na reunião da Mesa Central, uma resposta às reivindicações emergenciais dos servidores, inclusive dos fazendários.

  Fetrab e sindicatos esperarão mais uma semana, mas de forma diferente, já mobilizando as categorias para a partir do dia 23 (nesse dia acontece plenária), com as respostas do governo, decidir os encaminhamentos da luta.

IDA A SEFAZ

  O Sindsefaz tem, de sua parte, intensificado a pressão sobre o Governo. Na sexta, dia 10 de agosto, a entidade mobilizou os membros do Conselho Sindical e foi a Sefaz cobrar respostas. Ontem, dia 14 de agosto, a diretoria do Sindicato voltou à Secretaria, mas não obteve resposta quanto ao retorno do valor do ponto da GF. Sobre o GT da Carreira, a Secretaria vai marcar uma reunião com o Sindsefaz e o IAF, para organizar o trabalho do Grupo.

   O Sindicato deixou sua opinião que neste processo deve se analisar as propostas e fazer os estudos de viabilidade legal e técnica. O trabalho deve delinear atribuições e competências, formas de progressão e promoção na carreira, incorporação do PDF e a recomposição salarial dos fazendários, cuja perda é em torno de 24% em 12 anos.