O que se passa com a OAB da Bahia
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, defendeu nesta sexta-feira (29) o afastamento imediato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado Federal para que a Comissão de Ética do Senado possa julgar sem pressões ou constrangimentos o seu envolvimento com irregularidades.
"O seu pedido de licença da presidência do Senado, em face da ausência constante de relatores e o adiamento freqüente do julgamento, seria uma medida importante para garantir a necessária transparência que o caso requer, principalmente por envolver uma das mais importantes autoridades da República.".
Cezar Britto afirmou que o pedido de licença neste caso não seria apontado como uma antecipação da culpabilidade do investigado, mas como um acesso positivo de que o senado pretende investigar sem qualquer constrangimento. "É importante para a República que todos os cidadãos brasileiros, senadores ou não, sejam investigados por órgãos imparciais e dispostos a cumprir a sua função constitucional".
O presidente nacional da OAB disse, ainda, que o melhor para a República é, portanto, julgar o mais urgentemente o processo retirando qualquer dúvida sobre a culpa ou inocência do senador-presidente. "Não julgar é uma lesão grave ao ideal republicano", concluiu Cezar Britto.
NA BAHIA
Enquanto isso, na Bahia, a direção da OAB nada fala, nada ouve, nada vê. Casos como os do assassinato do diácono, a morte de suas pessoas após assalto a um ônibus, a greve dos professores, a reforma do judiciário, a agressão a um fotógrafo de A Tarde, a agressão a duas jornalistas de TV, nenhuma palavra da direção da OAB/BA.