A juíza da 2ª Vara Civil, Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho, determinou que se a Rádio Metrópole, a Revista Metrópole, site ou blog da Metrópole fizerem qualquer alusão depreciativa ao prefeito de Salvador, João Henrique, pagará uma multa equivalente a R$200 mil.

   João Henrique, tratado agora pela Metróple como "Aquele-que-não-pode-ser-nomeado" entrou com um pedido de antecipação de tutela alegando ser perseguido por Mário Kértesz desde que tomou posse.

   No processo, se auto-define como alguém que "ingressou na vida pública há cerca de vinte anos, que é, casado, pai de dois filhos, de caráter ilibado, evangélico e que sempre pugnou pela retidão de suas atitudes".

   O radialista MK recebeu várias mensagens de solidariedade no programa das 18/20h da Metróple e conclamou a população a lhe ajudar a pagar a multa, mas, disse que nada calará a sua voz. Ademais, destacou que não teme ser preso e fez várias revelações sobre o comportamento do prefeito, entre eles, de João Henrique o procurou para pedir o seu apoio às ações que vinha realizando na Prefeitura.

  MENTE DOENTIA

   O texto do processo chega a aventar que os ataques ao prefeito seriam motivados "talvez por ordem de alguma mente doentia ou odiosa, ou quiçá por conta de alguma frustração pessoal".

  Para embasar seu argumento o usa inúmeros trechos de programas da Rádio Metrópole, inclusive participação de ouvintes e colaboradores.

  Segundo MK "parece que a revista foi o que mais incomodou nosso gestor municipal. Ele afirma que a publicação traz em sua capa a imagem do autor (aquele-que-não-pode-ser-nomeado) e em sua testa o Símbolo da Besta, identificado através do Código de Barras, em seu rosto um Nariz de Palhaço, bem como um Punhal em suas mãos". O punhal, não encontramos e é grande novidade para nós que código de barras simboliza a Besta do Apocalipse.

   COMENTÁRIO DO
   BAHIA JÁ

   Primeiro foi a censura aos outdoors sobre o lançamento do número 1 da Revista Metrópole. Agora, que foram proibidos comentários sobre o prefeito João Henrique nas empresas de comunicação dirigidas por Mário Kértész.
 
   Voltamos, pois, a época da ditadura militar, do DIP, dos tempos de Getúlio Vargas; ou do SNI dos últimos governos militares.

   Como disse o vereador Virgílio Pacheco (PDT), o prefeito João Henrique "é um aprendiz de ditador de calças curtas".