O governo está tentando por fim a greve
Somente os policiais federais dos Estados de Alagoas e Santa Catarina não aderiram à greve de 24 horas promovida desde as 8h30 desta quarta-feira, conforme balanço divulgado pela Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais).
Nos aeroportos de São Paulo, os protestos foram suspensos e a situação é normal.
O movimento é um protesto contra o não-cumprimento, por parte do governo federal, de um acordo de reposição salarial. O acordo previa o pagamento de 60% de reajuste aos policiais, dividido em duas parcelas. Porém, a segunda parcela, que deveria ter sido quitada em dezembro, ainda não foi paga.
Folha Imagem |
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Policiais federais estendem faixa em frente à sede da Superintendência em São Paulo |
Com a paralisação, os serviços de investigação e de
emissão de laudos periciais estão suspensos. Os setores de
emissão de passaportes também está parado, exceto para pessoas que tem viagens marcadas para hoje e amanhã.
Na sede da Superintendência Regional da PF em São Paulo, na Lapa (zona oeste de São Paulo), operam apenas o setor de registro de flagrantes e de carceragem.
Em Brasília (DF), o presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink, se reúne com técnicos do ministério do Planejamento para discutir o pagamento devido.
Se os pedidos da categoria não forem aceitos, os policiais ameaçam fazer uma greve geral. No próximo dia 18 de abril, eles deverão fazer uma manifestação em Brasília.
Crise aéreaEm São Paulo, os policiais federais prometiam
realizar uma operação-padrão --reduzindo o efetivo à metade-- nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital, e de Guarulhos, na região metropolitana. Esperava-se que o movimento atrasasse embarques e desembarques e provocasse filas nos setores de imigração e liberação de produtos restritos.
Porém, ainda pela manhã, o presidente da Associação dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Carlos Sabino, anunciou que a operação-padrão havia sido cancelada por "respeito à população que tem sofrido com a crise aérea".
Banco CentralOs funcionários do Banco Central também realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. Os analistas, com salário inicial de R$ 7.000, querem equiparação com os auditores da Receita Federal, que ganham R$ 3.000 a mais.
O salário inicial de um analista do BC é de R$ 7.082,40 podendo chegar a R$ 11.206,89. Já o dos auditores fiscais varia entre R$ 10.155,32 e R$ 13.382,26.