Repórter fotográfico, testemunha da história

Por Margarida Neide (*)

Dia 2 de setembro, é o nosso dia. O dia de quem vive com a câmera na mão e o coração pulsando pela verdade. Ser repórter fotográfico é mais do que exercer uma profissão — é um chamado. É estar onde a história acontece, na linha de frente, muitas vezes no olho do furacão, em meio ao caos, ao risco, a dor - para captar aquilo que precisa ser visto, para transformar momentos em memória, dor em denúncia, beleza em reflexão.

Cada fotografia carrega muito mais do que técnica: carrega responsabilidade.

É preciso coragem para estar ali, quando muitos recuam. Coragem para enxergar o que poucos veem e sensibilidade para contar, com uma imagem, aquilo que palavras talvez não consigam. Cada clique carrega responsabilidade, imparcialidade, ética, respeito e a urgência de dar voz ao que não pode ser ignorado.

Sou completamente apaixonada pelo que faço. Pela força que uma boa fotografia tem. Pela possibilidade de provocar mudança, empatia, consciência. A lente é minha extensão. Com ela, registro o mundo e, de certa forma, ajudo a transformá-lo. Tenho muito orgulho de contar ao mundo com luz, sombra, cor e coragem tudo que acontece porque não é só fotografia, é jornalismo, é história, é memória.

Parabéns a todos os colegas de lente e alma inquieta. Seguimos firmes, comprometidos, atentos. Porque enquanto houver algo importante a ser contado, haverá um repórter fotográfico pronto para registrar. Um clique de cada vez!