Cultura

LANÇAMENTO NO IGHB: INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NO RECÔNCAVO BAIANO

Autoria do professor e historiador Manoel Passos Pereira, que ocorrerá no dia 29 de maio de 2025 (quinta-feira), das 16h às 19h. Na publicação, o hist
Tasso Franco , Salvador | 26/05/2025 às 19:32
Dia 29 de março
Foto:
O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia tem a satisfação de convidá-lo(a) para o lançamento do livro O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NO RECÔNCAVO BAIANO, de autoria do professor e historiador Manoel Passos Pereira, que ocorrerá no dia 29 de maio de 2025 (quinta-feira), das 16h às 19h. Na publicação, o historiador enfatiza diversos atores envolvidos na consolidação da Independência do Brasil, identificando seus interesses e conflitos: o partido absolutista; o partido português; o partido brasileiro; o partido republicano e o partido negro. Com isso, reúne elementos para se rejeitar a versão de uma independência romântica, baseada no desejo individual e genioso de um Príncipe por um Príncipe português.

Pereira também descreve a ocupação da cidade do Salvador pelos militares comandados pelo Brigadeiro português Madeira de Melo e a fuga de grande parte da população para as vilas do Recôncavo, onde proprietários de terras, escravos e engenhos se empenharam em reunir armas e condições para resistir às tentativas de manutenção do domínio português na Bahia. Mostra como a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira tornou-se o centro do comando rebelde contra as forças militares portuguesas sediadas em Salvador, culminando com sua vitória na batalha no Rio Paraguaçu, em frente à Vila, ocorrida em 25 de junho de 1822.

 A importância desse feito em direção à autonomia política do território brasileiro é rememorada a cada ano na cidade de Cachoeira, destaca o autor. Mencione-se o quadro elucidativo que Pereira apresenta das principais batalhas na Guerra pela Independência do Brasil na Bahia ao longo de mais de um ano, entre aquela data e o dia 2 de julho de 1823, quando entra em Salvador o chamado Exército Libertador – agora dirigido por mercenários contratados pelo príncipe regente para organizar o povo rebelde num Exército e Marinha brasileiros, sob o comando, respectivamente, do general francês Pierre Labatut e do britânico Lord Cochrane.

Trazendo dados geopolíticos, Manoel Pereira demonstra, por fim, como a tomada da antiga capital do Brasil, reduto das forças portuguesas, se deu a partir do bloqueio da Baía de Todos-os-Santos, uma vez que, cercada por mar e terra, a cidade do Salvador impediu a chegada das gêneros de primeira necessidade de que o Recôncavo a abastecia. Tal bloqueio foi o que levou o Brigadeiro Madeira de Melo a capitular, no dia 1º de julho de 1823.

Merece elogios o trabalho empreendido pelo historiador, bem com a coleção Bahia de Todos que acolheu, estando certa de que têm o pendor de inspirar os novos estudos que, em sua esteira, certamente, virão.