Cultura

LEÃO XIV REZA NO TÚMULO DE FRANCISCO; PREVOST TEVE MAIS DE 100 VOTOS

O cardeal de Madagascar, Désiré Tsarahazana, disse à agência Reuters que Robert Francis Prevost recebeu mais de 100 votos na votação final na tarde de 8 de maio.
Tasso Franco ,  Salvador | 10/05/2025 às 16:58
Leão XIV reza diante do túmulo de Francisco na Basílica de Santa Maria Maior
Foto: Vatican News

Na tarde deste sábado, 10/05, ao retornar da visita ao Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, o Papa Leão XIV dirigiu-se à Basílica de Santa Maria Maior, onde rezou diante do túmulo do Papa Francisco e do ícone da Virgem, Salus Populi Romani.
Vatican News

Na tarde deste sábado, 10 de maio, no caminho de volta ao Vaticano, após ter visitado o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho em Genazzano, aos arredores de Roma, o Papa Leão XIV chegou de carro à Basílica de Santa Maria Maior, onde se deteve em oração diante do túmulo do Papa Francisco e do ícone da Virgem, Salus Populi Romani.

MAIS DE 100 VOTOS

Para ser eleito papa durante o conclave secreto de 7 a 8 de maio na Capela Sistina, o papa Leão XIV precisava de uma maioria de dois terços de 89 dos 133 cardeais votantes.

O cardeal de Madagascar, Désiré Tsarahazana, disse à agência Reuters que Robert Francis Prevost recebeu mais de 100 votos na votação final na tarde de 8 de maio.

Leão XIV participou de uma reunião neste sábado (10) com os cardeais.

Esse encontro teve um formato diferente daquele usado pelos papas anteriores, que normalmente faziam um discurso e esperavam que os clérigos apenas ouvissem.

Desta vez, Leão fez um discurso preparado e depois abriu a palavra para qualquer cardeal que quisesse fazer um comentário – permitindo que os clérigos expressassem suas opiniões e preocupações sobre as principais questões enfrentadas pela Igreja global.


"Ele ouviu com muita atenção, mas sabe que terá que tomar as decisões", disse o cardeal irlandês Sean Brady à agência Reuters. "Mas estamos aqui para ajudá-lo."

O cardeal espanhol Aquilino Bocos Merino descreveu o encontro como "muito cordial e comunitário".

O cardeal tcheco Dominik Duka disse que um tópico que surgiu foi a situação dos católicos na China.

O Vaticano e a China assinaram em 2018 um acordo controverso sobre a nomeação de bispos no país, o que dá a Pequim alguma contribuição em sua seleção.

Os conservadores atacaram o acordo ainda secreto como uma traição, mas Duka comentou que era necessário manter um diálogo aberto em lugares onde a Igreja é oprimida, comparando-o ao diálogo entre o Vaticano e os países do leste europeu durante a Guerra Fria.

O cardeal alemão Gerhard Mueller, que entrou em conflito abertamente com Francisco sobre questões relativas ao ensino moral católico, disse que o encontro de sábado foi "muito bom e harmonioso".