Cultura

APÓS PROTESTOS, SESAB CAI NA REAL E MANTÉM PROJETO HEOM SEM AGRESSÃO

SESAB aperfeiçoará o projeto de reforma e modernização do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom).
Tasso Franco , da redação em Salvador | 22/07/2021 às 18:51
Reunião para realinhar o projeto preservando sua arquitetura
Foto: SESAB
   Uma cooperação técnica entre representantes do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) foi firmada em reunião na tarde desta quinta-feira (22) e aperfeiçoará o projeto de reforma e modernização do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom).

O secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, esclareceu para as arquitetas Patrícia Farias, Laís de Matos e Gabriela Sales, que “as intervenções iniciadas há dez dias ainda encontram-se em estágio inicial, limitadas a retirada de portas, janelas, pequenas demolições internas e retirada de estruturas elétricas e hidráulicas, possibilitando assim, ajustes que atendam, simultaneamente, a legislação sanitária vigente e preservem o patrimônio arquitetônico moderno, tendo em vista que a edificação data da década de 40”. Durante a reunião ficaram alinhados ajustes no projeto de fechamento das varandas, preservação do hall de entrada e outros aspectos arquitetônicos.

Também participaram da reunião a diretora regional da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), Amélia Záu, e os professores da Faculdade de Arquitetura da Ufba, Nivaldo Andrade, e Ceila Cardoso. “Foi uma reunião muito positiva, onde diversas entidades puderam se posicionar, criando uma espaço aberto para a discussão e já tendo sido incorporadas algumas sugestões, como a preservação do Hall e das varandas na parte redonda do edifício. Também foi bem recebida a proposta de recuar o fechamento de vidro das varandas das enfermarias”, avalia Amélia Záu.

A unidade receberá investimento da ordem de R$ 30 milhões para adequação às normas sanitárias vigentes do ambiente hospitalar. Serão 168 leitos, sendo 39 de UTI adulto e pediátrica, além de enfermarias dedicadas a pacientes de cirurgia torácica, cirurgia de cabeça e pescoço e oncologia. Aos término das intervenções, o Heom será o maior e mais moderno hospital dedicado a doenças do aparelho respiratório da América Latina, realizando, inclusive, transplante de pulmão.

Durante as obras, o ambulatório de pneumologia, que contempla serviços assistenciais nas áreas de Fibrose Cística, Asma Grave, Tuberculose, Controle de Tabagismo. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Pós-Covid-19, permanecerá funcionando e atendendo cerca de 4 mil pessoas por mês. Também permanece aberto o serviço de bioimagem e o laboratório especializado, que faz análises diferenciadas, como o teste do suor. Já os serviços de infectologia clínica, vascular e cirurgia torácica foram incorporados por outras unidades da rede estadual na capital baiana, garantindo o acesso e assistência aos pacientes.