Ardoroso tricolor foi um dos defensores da democracia tricolor
Tasso Franco , da redação em Salvador |
19/06/2020 às 08:18
João Carlos Teixeira Gomes
Foto: DIV
Morreu nesta quinta-feira, 18, aos 84 anos, o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes. Joca, como era conhecido. Estava internado no Hospital da Bahia e será cremado no Cemitérioda Paz, em cerimônia restrita a pequeno grupo.
Conhecido no meio literário como o "Pena de Aço" por colegas de profissão, Joca é o autor da polêmica biografia Memórias das Trevas – Uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães. Sua briga com ACM quando era editor chefe do Jornal da Bahia entrou para os anais da imprensa brasileira.
Poeta, escritor, ensaísta, professor, membro da Academia Baiana de Letras, onde ocupava a cadeira de número 15, João Carlos fez parte do grupo conhecido como Geração Mapa, ao lado do cineasta Glauber Rocha, do pintor Calasans Neto e do também professor e jornalista Florisvaldo Matos, entre outros.
No Jornal da Bahia, que ajudou a fundar, desenvolveu a carreira de jornalista. Ficou no periódico de 1958 a 1977 e ocupou sucessivamente cargos de repórter, secretário, chefe de reportagem, redator-chefe e editorialista.
Também foi colaborador fixo de A TARDE, publicando artigos quinzenais nas páginas de Opinião. Foi secretário de Comunicação Social do Governo de Waldir Pires em meados dos anos 1980, e diretor do Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia.
Publicou, entre outros, um livro sobre Gregório de Mattos: Gregório de Mattos, o Boca de Brasa, bem recebido por crítica e público. Foi autor também de Camões Contestador e Outros Ensaios e de Glauber Rocha – Esse Vulcão. Participou, como colaborador, dos livros Dezoito Contistas Baianos, Da Ideologia do Pessimismo à Ideologia da Esperança, A Obsessão Barroca da Morte de Manuel Bernardes e Quevedo. E tem três livros de poesias: Ciclo Imaginário, O Domador de Gafanhotos e A Esfinge Contemplada.