O anúncio foi publicado em A Tarde, de hoje (3/4/07)
Causou surpresa entre vereadores e deputados que fazem oposição ao prefeito de Salvador, João Henrique, o anúncio de página, 4 cores, publicado em A Tarde, hoje (3/4/07) pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM), no valor estimado pelo mercado publicitário em R$130 mil, institucional com a mensagem: SUCOM - Trabalhando para promover o bom uso do espaço urbano e o bem-estar de quem mora nele.
O anúncio foi considerado um desrespeito aos cidadãos, sobretudo levando-se em consideração o que aconteceu ontem (2/4) com a interdição da pista de trânsito mais importante de Salvador, pelos empreendedores do Salvador Shopping, no acesso à Avenida Luís Viana Filho (Paralela). O que se viu foi total falta de consideração com os cidadãos de Salvador sem que a Prefeitura, justo através da SET ou da SUCOM, tomasse qualquer providência.
Engarrafamentos monstruosos, perda de compromissos por várias pessoas, transtornos infinitos e a SUCOM vem, hoje, à público, afirmar em seu anúncio (com dinheiro do contribuinte) que "A fiscalização pode incomodar muita gente. Mas, a falta de fiscalização incomoda muito mais".
Destaca ainda o anúncio que a SUCOM é o órgão da Prefeitura que emite licenças para obras de ampliação, reforma e construção de empreendimentos comerciais e residenciais. É quem autoriza e monitora a utilização de som em bares, restaurantes e danceterias, autuando todos que excedem os limites permitidos por lei. É também quem faz a análise detalhada de projetos comerciais e empresariais, para determinar se a atividade pretendida é compatível com a fiscalização. Se a atividade não for adequada, a SUCOM proíbe o seu funcionamento. Esse é o papel da SUCOM: trabalhar pelo crescimento ordenado de Salvador e garantir a qualidade de vida da população".
COMENTÁRIO BAHIA JÁ
Ninguém se sã consciência, sobretudo no mercado dos meios de comunicação é contrário a publicação de anúnicos. Este comercial da SUCOM, no entanto, revela que o bom senso da Prefeitura foi para o espaço. Já que a SUCOM trabalha com tanta eficiência deveria constar no anúncio o telefone para reclamações dos cidadãos. O que se sabe é que a SUCOM atende mal quem reclama sobre excessos na altura de sons e, na maioria das vezes, não toma providência. A peça é, portanto, apenas institucional inconsequente e desproposital. Revela, ainda, que as dificuldades financeiras da Prefeitura não parecem tão assustadoras como citadas com frequência pelo secretário Oscimar Torres, da SEFAZ.