Colunistas / Cantinhos da Bahia
Agapito Paes

DEVOÇÃO DE SANTO ANTÔNIO NO CARMO É UM CANTINHO ESPECIAL EM SALVADOR Fica localizada na r

Fica localizada na rua Direita de Santo Antônio Além do Carmo, 559, e a entrada é gratuita
25/01/2023 às 18:59
       A Devoção Popular a Santo Antônio (quase um museu) fica localizada em casarão na Rua Direita do Carmo, 559, Salvador, e está aberta ao público diariamente. O local foi idealizado pelo artista plástico Rodrigo Guedes, de 34 anos, na casa ds sua avó materna Maria do Socorro, devota do santo português juntamente com sua avó paterna Elza Guedes, esta última falecida no dia de Santo Antônio, 13 de junho de 2015. É um cantinho especial da cidade da Bahia.

  Segundo informações em mural da casa a devoção por parte das duas avós é centenária. O artista Rodrigo assumiu a devoção em 2007 e desde então tornou-a pública, "abrindo as portas da casa e permitindo o acesso do público à sala das orações".

  Com a pandemia do coronavirus a devoção - especialmente no mês de junho - foi suspensa, mas já retornou. A sala das orações é belíssima com um altar altar de cinco metros que Rodrigo montou em trabalho de três meses com objetos recicláveis, 50 metros de papel metro e 300 bandejas de papel, usadas na confecção das flores.

  Domingo último estive visitando a Devoção - entrada gratuita - e fiquei admirado com a beleza do local e o cuidado que o artista tem com os objetos expostos tanto na sala quanto no corredor do casarão. Há uma cadeirinha de missal para quem deseja se ajoelhar em frente ao alta e fazer orações (e pedidos) ao santo cabendo apenas duas pessoas. Quem quiser colaborar com a Devoção (a instituição) pode comprar lembrancinhas do santo no local, a R$5,00 cada.

  Rodrigo é um entusiasta da Devoção e recebe pessoalmente os visitantes explicando o seu trabalho e os lovores a Fernando Bulhões, o português que se tornou frade peregrino em Portugal e na Itália e foi consagrado santo há quase 1.000 anos e é o mais devotado da cidade do Salvador, seu original padroeiro. Posto que lhe foi retirado pela Câmara dos Vereadores a pedido dos jesuitas que entronizaram São Francisco Xavier, santo que ninguém conhece em Salvador.