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Zé de Jesus Barrêto

20/07/2014 às 20:09ÚÚÚ ...O VITÓRIA NA ZONA e o BAHIA na beira

Citando o Tostão, ex-craque em campo, craque nas palavras: “O Brasil tem formado jogadores muito iguais, em série, como se fosse uma fábrica de parafusos”
20/07/2014 às 21:05
Essa é a realidade dos nossos representantes no Brasileirão 2014, após as duas rodadas que aconteceram depois do recesso da Copa. No meio de semana, o Bahia levou 2 x 0 e um show  de bola do São Paulo, na Fonte Nova, diante de seu torcedor aflito. 

Lá em Minas o Vitória não resistiu diante do poderio do Cruzeiro e apanhou de 3 x 1. Nesse fim de semana, o Bahia até encarou mas só empatou com o Atlético Mineiro ( 1 x 1 ) no Independência e o Vitória, de volta ao Barradão, a ‘toca do leão’, não saiu do zero diante do Corínthians, num joguinho de baixa qualidade técnica e muito faltoso.
Como conseqüência desses resultados, o Vitória continua passeando na tal zona de degola ou rebaixamento, com 8 pontos ganhos apenas, até agora, na 17ª posição. Coladinho nele, pra não se perder, com um ponto a mais e do lado de fora mas na boca da zona está o rival e co-irmão Bahia, com 9 pontinhos. Estamos na rabada. 
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Na próxima rodada do Braisleirão, fim de semana, o Vitória joga fora, em Santa Catarina, contra o Criciuma; e o Bahia encara o Internacional de Porto Alegre (que meteu 4 x 0 no Flamengo, lanterna) na Fonte Nova sem ninguém, de portões fechados, punição aplicada pela CBF em função daquele maldito jogo contra o Santos, no Joia da Princesa, antes da Copa, quando o tricolor perdeu o jogo, aconteceu um tumulto nas arquibancadas por causa de superlotação do estádio e um idiota torcedor ainda atirou uma lata de cerveja no treinador santista. Daí, a punição de dois jogos com portões fechados. Além da queda, coice. 
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0 x 0 no Barradão 

Os pouco mais de 16 mil espectadores que pagaram ingresso presenciaram um joguinho ruim de se ver, com muitas faltas, sem uma sequência de lances, sem troca de passes, erros bisonhos de lado a lado, a bola maltratada, poucas emoções e uma única preocupação das duas equipes: marcar, impedir o adversário de jogar. Só. 
Pra se ter uma idéia, o Vitória acertou o primeiro chute no gol do Corínthians aos 18 minutos da segunda etapa, através de Dinei, da entrada da área, para defesa do goleiro Cássio. Aos 24, Caio raspou de cabeça, na cobrança de um escanteio, na primeira trave, e a pelota tirou tinta no pé do poste. Mas o time paulista quase marca aos 39’, numa cabeçada a queima-roupa de Romero e aos 46 noutra testada do apoiador Ralf, com o goleirão Wilson operando milagres. 

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Bom desempenho do goleiro, da zaga (Kadu e Alemão), da marcação no meio campo... e no ataque apenas Dinei brigando só.

No ‘Timão’, a zaga de Cléber e Gil se impôs, com o auxílio do apoiador Ralf. Daí para a frente, indigência na criação de jogadas ofensivas; só ameaçaram em cobranças de bolas paradas alçadas na área rubronegro. Um pobreza. Empate justo, zero pros dois. 
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1 x 1 no Independência

A torcida mineira do Galo, com saudades, lotou o galinheiro do Independência, mas o time em campo não conseguiu dobrar o tricolor baiano que entrou fechadinho, bem arrumado no meio campo, explorando os contragolpes. No começo, aquele jogo truncado, faltas seguidas de lado a lado e poucas chances de gol até os 20 minutos, o Atlético assediando. 

Aos 15 min Jô livrou-se de Lomba e tentou o gol, mesmo sem ângulo, errando. Aos 18, Leo Gago bateu falta contra Vitor e assustou. Aos 24’, após uma boa virada de jogo de Leo Gago, Rahynner dominou pela direita e lançou na cabeça de Titi, que testou no ângulo, sem defesa : 1 x 0 Bahia. O Galo sentiu, a torcida cobrou e o Bahia esteve mais perto do segundo gol, melhor no jogo.

Na segunda etapa, com as modificações do treinador Levir CUlpi e o torcedor empurrando, o Galo foi pra cima, encurralou o Bahia. Por volta dos 15’, num contragolpe, Henrique foi claramente derrubado por trás na área (seria pênalti) , mas o árbitro paulista Vinícius Furlan, de longe, fez que não viu. O Galo bicou e empatou aos 20 minutos, num cruzamento de Jô, pelo lado esquerdo, que desviou na perna de Adaílton (entrou em lugar de Démerson, machucado) e matou Lomba e Titi, que estavam na jogada; por trás entrou Luan, testando para o gol vazio : 1 x 1. O time baiano sentiu o golpe e quase leva o segundo numa cabeçada de Leonardo que Lomba espiou e ela bateu na trave. 

Sò depois dos 30, com algumas mexidas do treinador Marquinhos, o Bahia voltou a jogar e criou boas chances aos 35’, aos 38’ após uma ótima trama pelo lado esquerdo e um chute forte, de frente do lateral Guilherme Santos que ‘ são’ Vitor salvou ; também aos 43’ com Branquinho perdendo gol incrível, o goleiro já batido. Foi um jogo disputado, lá e cá, até o apito final do árbitro.

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Boa atuação de Titi, dos apoiadores Leo Gago e Uéliton, de Rahyner e Emanuel Biancucchi.
No Galo, Victor, Jô e Luan se destacaram.
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O Tricolor joga no meio da semana contra o Corínthians, no Itaquerão, pela Copa do Brasil.

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Que renovação ? 

Depois do vexame da Copa (a goleada de 7 x 1 da Alemanha e os 3 x 0 da Holanda) a palavra de ordem no futebol brasileiro foi ‘renovação’. Ou seja, todos constamos que o futebol brasileiro (representado pela seleção do Felipão) está atrasado, parou no tempo, bem longe do futebol moderno que se joga na Europa, por exemplo. Daí a necessidade, urgente, de uma renovação total. 
Pouco mais de uma semana depois, demitidos o Felipão, o Parreira e toda a comissão técnica fracassada, a CBF anunciou a contratação do supervisor de futebol (?) Gilmar RInaldi, um ex-goleiro sofrível que depois tornou-se dirigente de clube e empresário de jogadores, sem grande sucesso. Mais: deu poderes ao ex-jogador e treinador das seleções de base da entidade, Gallo, que até já treinou o Bahia, não faz muito. Nunca foi nenhuma excelência, nem como jogador, nem como treinador, mas os cartolas gostam do seu estilo posudo. 

E mais, a direção da CBF deve anunciar oficialmente esta semana o nome do ex-jogador e treinador Dunga, para o lugar de Felipão. A gauchada, como se vê, está com tudo . Pra quem não se lembra, Dunga era o treinador do escrete na Copa de 2010, na África do Sul, quando fomos eliminados pela Holanda de Robben. Lembram ?
De que ‘renovação’ estamos falando ?
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Citando o Tostão, ex-craque em campo, craque nas palavras: “O Brasil tem formado jogadores muito iguais, em série, como se fosse uma fábrica de parafusos”