Direito

Câmara defende tolerância zero para violência à mulher no Carnaval

Campanha da Câmara de Vereadores de Salvador
Pacheco Maia , Salvador | 25/02/2017 às 12:16
Abano como peça promocional
Foto:

Alegria e violência não combinam. A Câmara Municipal de Salvador inaugura seu camarote no Campo Grande neste domingo de Carnaval, ao meio-dia, chamando a atenção de todos para as agressões contra as mulheres durante a folia. Com a participação de vereadores e representantes dos poderes públicos, será lançada a campanha “Salvador: Carnaval da Alegria, da Música e do Respeito à Mulher”.
 
Para o presidente da Casa, vereador Leo Prates, a tolerância tem que ser zero para a covardia praticada por alguns contra o sexo feminino durante as festividades carnavalescas. “Queremos somar esforços para garantir a paz e o respeito aos direitos das mulheres”. No ato de abertura do camarote, serão distribuídos milhares de abanos com informações sobre os locais onde as vítimas devem denunciar os abusos.
 
A presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, vereadora Aladilce Souza, assinala que, durante o lançamento da campanha, haverá uma entrevista coletiva com autoridades públicas. Estão confirmadas as presenças das secretárias estadual, Julieta Palmeira, e municipal, Taíssa Gama, de Políticas para as Mulheres, da secretária municipal de Reparação, Ivete Sacramento, e da desembargadora Nágila Brito, responsável pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça.
 
“Temos um compromisso com o combate à violência contra as mulheres durante todo o ano, mas no Carnaval reafirmamos esse empenho em conjunto com os poderes públicos e a sociedade. As agressões têm crescido. A nossa união é uma arma e a apuração dos crimes um dever”, afirma a vereadora Aladilce Souza.
 
De acordo com o Observatório da Secretaria Municipal de Reparação, as agressões cresceram 139% de 2015 para 2016. O número de casos mais do que dobrou, passando de 847 para 2025 registros. O circuito Osmar concentrou o maior número de ocorrências: 1570, contra 455 do Dodô. “Vamos denunciar o problema e buscar soluções com a criação de uma rede em defesa dos direitos femininos, integrando todas essas instituições nesse objetivo comum”, diz Leo Prates.