Direito

OLIMPÍADA DO RIO: PF prende grupo que planejava ataque terrorista

Com informações da Folha de São Paulo
Da Redação , Salvador | 21/07/2016 às 16:23
Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes
Foto: FolhaPress
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (21) dez brasileiros suspeitos de planejar um ataque terrorista durante a Olimpíada do Rio, que começa no próximo dia 5.

Conforme a Folha revelou nesta quinta, as forças de segurança vinham monitorando cem pessoas no país que manifestavam simpatia ao Estado Islâmico.

Os dez presos constavam nessa lista de rastreados. Desde o início das investigações, eles compunham os 10% que mais despertaram atenção das forças de segurança.

A ação da PF ocorreu nos estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A operação foi planejada e realizada em cooperação com serviços de inteligência de outros países.

Embora não haja registros de contatos diretos com terroristas, um dos suspeitos chegou a entrar em contato com uma empresa de armas para comprar um fuzil AK-47, o que acabou não se concretizando.

Outros fizeram o juramento de lealdade ao Estado Islâmico por meio de um site que oferece uma gravação do texto que deve ser repetido a quem deseja fazer parte do EI.

O presidente interino, Michel Temer, foi informado nesta quinta logo pela manhã da operação. Ele fez uma reunião com os ministros da Justiça, Alexandre Moraes, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.

"Existem 12 mandados de prisão. Dez estão presos e outros dois estão rastreados e aguardamos a prisão deles", afirmou o ministro da Justiça, em Brasília.

Nos últimos dias, a preocupação com terrorismo nos Jogos cresceu, principalmente em razão do atentado em Nice, na França. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional chegou a dizer que a preocupação com o tema havia "subido de patamar".

Na quarta (20), Alexandre de Moraes, da Justiça, baixou o tom e negou que a preocupação com terrorismo tenha aumentado.