Direito

STF nega habeas-corpus a Prisco que continuará preso na Papuda

Aspra vai recorrer da decisão para levar ao pleno do STF
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/04/2014 às 23:15
Ministro Ricardo Lewandowisk
Foto: DIV
O vereador de Salvador Marco Prisco (PSBD-BA), líder da greve que paralisou as atividades da Polícia Militar da Bahia na última semana, teve seu pedido de Habeas Corpus negado, nesta quarta-feira, 23, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

No texto em que torna a decisão pública, Lewandowski faz referências a juristas renomados - como Ives Gandra e o ex-ministro do STF Eros Grau - para explicar o indeferimento do pedido de relaxamento de prisão.

Além disso, o ministro reafirmou que a prisão do vereador foi decretada para garantir a ordem pública, por conta da articulação que provocou a greve da PM, considerada inconstitucional.

Após saber da decisão da corte, o vice-presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Fábio Primo, afirmou que a defesa de Prisco vai recorrer da decisão do STF com um pedido de agravo regimentar - medida que pode levar o caso a ser julgado pelo colegiado.

Sobre uma nova paralisação dos policiais, Brito descartou "completamente" a possibilidade. "Defenso a manutenção das atividades. Devemos continuar com o policiamento ostensivo nas ruas, em respeito à população. Vamos manter nossa palavra", garantiu.
O deputado estadual capitão Tadeu Fernandes (PSB) também afirmou que uma nova greve não deve acontecer no momento. "Não é esse o sentimento dos PMs atualmente, embora a revolta contra o governador continue muito grande", afirmou.