Turismo

DICAS DE SÊO FRANCO PARA QUEM DESEJA VIAJAR PARA A CIDADE DE LISBOA

Veja as dez dicas de Sêo Franco e acompanhe a viagem no seu canal do YouTube
Tasso Franco , Salvador | 26/01/2024 às 11:42
Sêo Franco em pose imitável ao lado da estátua de Fernando Pessoa, Chiado
Foto: Arho Susej
    Estamos concluindo a série de matérias sobre Lisboa referentes à nossa última visita aquela cidade e para fecharmos a jornada vamos dar aos nossos leitores dicas práticas para quem deseja conhecer a capital portuguesa ou mesmo já conhece e pretende retornar. 

    São dicas em bloco, por áreas, para facilitar a vida dos futuros viajantes uma vez que cada turista, em média, entre 3 e 5 dias numa mesma cidade da Europa e, numa viagem dessa natureza aroveita para conhecer outros países e cidades.

  1. A primeira dica é sobre a localização da hospedagem. Escolha um hotel que esteja situado na Baixa Pombalina entre o Campo das Cebolas e a praça Dom Luis I, nessa franja, ou adjacências: Rossio, Figueira, Moniz, Baixo Chiado. Recomendamos o Hotel Santa Justa, Rua dos Correios, 4 estrelas, excelente localização e prestações de serviço, desde 'transfer' a qualidade do seu café da manhã, acomodações e gentileza dos servidores.

  2. Deste hotel para o Elevador Santa Justa e a Rua Garret (Chiado) é um pulo e o percurso pode ser feito a pé. Trata-se do coração da cidade, local de compras e lazer. No Largo do Chiado se situa o "Café A Brasileira" ponto recomendável para um drink - vinho com croquetes - e ouvir música dos artistas de rua que se apresentam no Largo. Há, ainda, duas igrejas nas proximidades que v pode visitar, a Livraria Bertrand - a mais antiga do mundo - e lojas de todo tipo de mercadorias, desde joias a docinhos. O momento ideal de ir a esse ponto turístico e comercial é no final da tarde.

  3. Bem, se você decidir subir no Elevador Santa Justa para ter uma visão panorâmica da cidade de Lisboa há sempre uma fila de turistas e aguarda-se em torno de 60 minutos para o embarque. Custa 5.3 euros e a viagem dura menos de 2 minutos. Para subir ao mirante superior paga-se mais 1,5 euros. O elevador liga a Rua do Ouro ao Carmo. Depois que v apreciar a vista panorâmica - bom lugar para fotos - vá andando até o Carmo e visite o Museu Arqueológico - 5 euros ingressos. É muito bom e conta a história das raizes de Lisboa. Esse passeio dura, em média, 3 horas, e dai v pode descer para o Rossio andando pela Ladeira do Carmo onde ficam os melhores brechós da cidade. O tempo aí é você que faz. Se quiser, quando chegar no Rossio na praça Dom Pedro IV (nosso Dom Pedro I), jante por ai.

  4. Outro passeio que pode ser feito andando a partir do Santa Justa Hotel é peatonar (paletar) na Rua Augusta também conhecida como Rua do Comércio - ótima para compras e drinks - indo até a Praça do Comércio e ao Cais do Sodré à beira do Tejo. Esse é um passeio que todo turista faz. É gratuito e agradável. Curtir o cais do Tejo, ouvir música, apreciar o rio, poetizar, e andar à beira rio até a estação de passageiros dos Cruzeiros; ou, do outro lado, até o Mercado da Ribeira. Na praça do Comércio fica o Arco da Augusta e na ala direita o Restaurante Martinho da Arcada, desde 1782, onde Fernando Pessoa costumava frequentar. Tem uma mesa dele mantida como era na época (início do século XX. A comida deste restaurante é excelente. Faça reserva.

   5. Visitar o Mercado da Ribeira é recomendável. É o maior e mais animado centro gastronômico da cidade, tudo num local só, mesas compartilhadas, centenas de pessoas (90% turistas), uma muvuca onde come-se, bebe-se e badala-se. Tenha cuidado com sua bolsa e não a deixa sobre a mesa para ir buscar as comidas (pedidas) nos quiosques. O acesso é gratuito e os preços das refeições em média 15 euros - polvo, bacalhau, massas, prego (sanduiche portugues), etc. Vinhos variam de preços e há uma Garrafeira que vende as 'botelas' (garrafas). No varejo, em média, uma taça 6 euros. Papa Figos 8 euros a taça.

  6. Outro passeio legal é ir a Belém. Reserve todo o dia a partir de sua saida do hotel, normalmente, às 10h. Vá de táxi, 8 euros, a partir da Praça do Comércio. São muitas as opções de visitas: comece pelo Museu Nacioal dos Coches (12 euros adulto). É sensacional. Demora-se, ao menos 2 horas para visitar todo museu. Depois vá ao Museu do Terremoto (fica ao lado) 25 euros (adultos). Superinteressante. Visite ainda o Convento dos Jerônimos (12 a 16 euros), convento e abadia. Consome-se, ao menos, 4 a 6 horas visitando esses pontos turisticos. Lembrando que 17h/18hs, fecham. A partir dai v pode ir até a praça do Império e ao Monumento dos Navegadores à beira do Tejo e seguir (se ainda aguentar) até a Torre de Belém, mais 20 a 30 minutos de paletada pela beira do Tejo. Tem turista que faz tudo isso num dia só; e outros que preferem fazer em dois dias. Na Rua do Belém ficam os famosos pasteis de Belém e há inúmeros restaurantes. Há também passeios de charetes, 5 euros por pessoa.

  7. Subir o Elevador da Bica é pitoresco e custa 3.8 o bilhete. É usado também pela população local que paga preço mais barato. Liga a baixa (rua da Bica Duarte Belo) ao Largo do Chalariz, 70 metros de altura. É muito interessante. Atravessa as ruas enladeiradas deste bairro (a Bica) dos mais tradicionais de Lisboa. Há quem faça o percurso a pé, em especial, os moradores dos becos e ruas (e alguns turistas). Tem sempre fila, mas, o bondinho pega 25 pessoas. Daí v pode ir até o Miradouro de Santa Catarina (uma das sete colinas de Lisboa) e contemplar o 'monstro" Adamastor, figura mitica criada pelo poeta Luiz Vaz de Camões. Tem um quiosque neste local que anda sempre cheio, mas, se consegue um lugr (com paciênca) para apreciar o Tejo (do alto) e saborear uns petiscos e vinho.

  8. Visitar o Castelo de São Jorge (ingresso 10 euros) donde se tem uma vista espetacular da cidade. É o monumento mais visitado com centenas de turistas percorrendo suas áreas, mas, como é muito grande (sempre foi o local de defesa da cidade, desde os romanos aos turcos) dá pra andar à vontade e percorrer as muralhas, subir, descer, etc. Haja fôlego. Tem lanchonete, bar, restaurante, loja, etc, no interior. Na época do verão recomenda-se levar água. Depois da visita (usa-se um elevador) para chegar próximo ao castelo pode fazer o percurso de retorno à baixa andando pelas ruas em direção a São Vicente ou a Mouraria.

  9. Como estamos falando em bloco para ganhar tempo: recomendamos ainda os seguintes museus - Casa dos Azulejos, Museu do Fado, Museu do Aljube (história politica), Casa Fernando Pessoa (museu literário) e Fundação José Saramago (museu literário). Há vários outros, mas, não dá para ir a todos. A Casa de Fernando Pessoa fica no Campo do Ourique (fora do centro) e o Saramago no Campo das Cebolas, beira do Tejo. Esse dá pra ir andando do Santa Justa.

  10. Para fechar as dicas recomenda-se (obrigatório) ir a uma casa de fados e escolher a gosto uma tasca ou restaurante portugues para saborear o bacalhau, prato tipico local. Existem dezenas mas tenha cuidado com algumas delas e procure saber os preços do que vai consumir, do bacalhau, do vinho, dos serviços. Tem muita malandragem especialmente nos corredores de turistas explorações e roubos. Tem casas que só aceitam dinheiro (mas, não avisam), outras que não dão nota e por ai segue. 

  O seguro é frequentar locais de reconhecida credibilidade, como são os casos do "Café A Brasileira", "A Tasca do Cardozo" o "Martinho da Arcada" e outros. No centro da cidade, às noites, na Mouraria, na Ribeira, há muita oferta de drogas (haxixe), cuidado. Ao usar os bondinhos atenção aos batedores de carteiras. Devido a quantidade enorme de turistas, Lisboa não está tão segura como já foi. A noite, saindo de uma danceteria ou casa de fados pegue um taxi para retornar ao hotel. É o mais recomendável. Boa Viagem.

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