Tecnologia

Felipe Neto fala pela primeira vez de vazamento de vídeo íntimo

Independentemente dos motivos que levam uma pessoa a vazar imagens íntimas alheias sem permissão, o youtuber recomenda a vítima procurar sempre a Justiça
Nara Franco , RJ | 31/07/2018 às 08:13
Youtuber Felipe Neto
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O youtuber Felipe Neto disse quase não ter parado para ler os comentários feitos sobre ele na internet quase uma semana após ter um vídeo íntimo vazado na web. 

— Tenho muito trabalho e sobra pouco tempo para me preocupar com esse tipo coisa - diz o youtuber, em sua primeira entrevista desde o vazamento. — Sei que as pessoas estão fazendo piada, o que é o menor dos problemas. Vivemos numa sociedade onde o homem pode mostrar tudo que o máximo que ele vai ouvir é sobre o formato do seu pênis. Já a mulher é humilhada, execrada, demitida, mal vista e xingada.

Na quinta-feira, um dia depois de surgirem as imagens íntimas, Neto postou um vídeo em que lê e ri de alguns memes sobre o tamanho do seu pênis. Mas termina num tom mais sério, afirmando que irá processar quem compartilhou o material e, assim, evitar crimes parecidos no futuro. Ele diz acreditar num ambiente virtual menos tóxico no futuro:

— Ano passado reuni meus advogados e processamos o dono de uma página do Facebook voltada para orquestrar ataques de ódio e xingamentos em perfis de celebridades. O resultado foi imediato. As páginas foram apagadas e aquele administrador está agora respondendo na Justiça. As pessoas estão cada vez mais entendendo que estar atrás de uma tela não te isenta de um crime.

Independentemente dos motivos que levam uma pessoa a vazar imagens íntimas alheias sem permissão, o youtuber recomenda a vítima procurar sempre a Justiça:

— No meu caso, acredito que a pessoa apenas quis destruir minha imagem. Só esqueceu que eu tenho a melhor família, os melhores amigos e os melhores fãs do mundo. No caso de outras vítimas, pode ser de tudo, principalmente o “revenge porn”, que é o vazamento por vingança, como um ex inconformado.

O carioca de 30 anos, que hoje tem 23,5 milhões de usuários inscritos em seu canal no YouTube, diz que não irá mudar aforma com que se relaciona com a internet, já que isso representaria a culpabilização da vítima:

— Eu não fiz absolutamente nada de errado e não tive qualquer parcela de culpa no que aconteceu. Se eu fosse assaltado na rua, não mudaria minha forma de andar na rua. É a mesma coisa.