Tecnologia

Biblioteca dos Barris recebe equipamentos para pessoas com deficiência

Com informações da Secom
Da Redação , Salvador | 25/08/2016 às 20:36
Deficientes visuais contemplados
Foto: Amanda Oliveira
As pessoas com deficiência visual agora dispõem de novos equipamentos de ponta na Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador, para ler, escrever e fazer pesquisas. Além dos equipamentos de tecnologias assistivas, doados pelo projeto ‘Acessibilidade em Bibliotecas Públicas’, de iniciativa do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), da extinta Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e do Ministério da Cultura (MinC), foram doados jogos como ‘Batalha Naval’, dominó e alfabeto, tudo em braile e libras, e um teatro de fantoches.

A antiga máquina de escrever, que não está aposentada, agora pode ser substituída por uma linha braile. O aparelho também faz a leitura de um documento do software Word, por exemplo, e transforma em braile para que o deficiente visual leia. Uma impressora converte automaticamente documentos para braile. Outro novo equipamento é a lupa eletrônica para quem tem pouca visão.

Segundo o presidente do Grupo de Voluntários e usuário do setor de Braile, Antônio dos Santos Andrade, a chegada dos equipamentos é fundamental para possibilitar que o público de deficientes tenha acesso ao conhecimento e a conteúdos inacessíveis. “O público que frequenta aqui gosta da leitura, e esses equipamentos vão possibilitar que a gente tenha acesso a esse conteúdo. Hoje isso só é possível com a leitura feita pelos voluntários. É mais um leque que se abre para que tenhamos acesso aos conteúdos literários e científicos”.

Oficinas e capacitação

De acordo com a subgerente de Atividades Especiais da biblioteca, Raquel Mendes, uma oficina vai ser realizada por meio de parceria com o Centro de Apoio ao Deficiente Visual de Nazaré para capacitação sobre o uso dos equipamentos. “Com a chegada dos equipamentos novos, é preciso que os deficientes visuais aprendam a utilizar. Nós vamos abrir a inscrição, em setembro, para a oficina que será destinada aos deficientes visuais, de baixa visão e cegos”. 

Segundo ela, a biblioteca tem cerca de 50 deficientes visuais cadastrados. “Nós precisamos aumentar este número. Quem vem aqui são estudantes de nível fundamental, médio, universitário, além de pesquisadores”. A biblioteca dispõe de mais de quatro mil livros em braile, para pesquisas, e de literatura, como a obra de Jorge Amado.

Raquel explica que os equipamentos foram recebidos por meio do edital ‘Mais Diferença’, do Ministério da Cultura, em parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Mais Diferença. “Participaram do edital bibliotecas de todo o Brasil e dez foram selecionadas, entre elas a nossa, porque preenche requisitos como equipamentos de acessibilidade, piso táctil, rampas e um trabalho já realizado com este público. Eles fizeram uma visita à biblioteca e viram que já estamos à frente de muitas outras nessas questões de acessibilidade”.