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COMITÊ discute gestão das águas do São Francisco e se reduz a vazão

A complicada gestão das águas para atender energia e a população ribeirinha
Ascom Chesf , Brasil | 24/08/2016 às 11:21
Sobradinho está em 16% e situação já é preocupante
Foto: Ivan Cruz
              Para discutir o melhor modelo para a gestão dos reservatórios instalados na bacia do Velho Chico, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) participou de nova reunião nesta terça-feira (23.08), na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. O vice-presidente do colegiado, Wagner Soares Costa, acompanhou a apresentação feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que aponta para uma gestão com vazão variável dos reservatórios.

            Para Soares Costa, a proposta apresentada pelo ONS é convergente à defendida pelo Comitê, ou seja, a de não permitir apenas ao setor elétrico o uso principal das águas do rio e sim os usos múltiplos. “É uma proposta que segue aquilo que consta no Plano de Recursos Hídricos da Bacia do São Francisco, que o Comitê acabou de produzir. Nos próximos 15 dias, haverá novo encontro do Grupo de Trabalho do São Francisco (GTSF), a fim de ampliar a discussão”, explicou o vice-presidente do CBHSF.

            Segundo o vice-presidente, o Comitê discutirá o assunto internamente, antes de levar a sua visão para o GTSF. “Vou conversar com o diretor técnico da agência delegatária do Comitê, Alberto Simon, para dar conhecimento a ele de tudo o que discutimos e construir a nossa proposta, para ser apresentada diante do coletivo”, disse.

            A proposta do Comitê, apresentada de maneira reiterada nos diversos encontros em que se discute o tema, é de buscar um novo modelo de geração de energia, respeitando os demais usuários das águas da bacia. O presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, tem defendido de maneira insistente que o São Francisco não tem água suficiente para doar à geração de energia elétrica.