Colunistas / Política
Tasso Franco

Campanha de ACM Neto não vai entrar no debate nacional

O debate nacional ficará reservado apenas a política
31/07/2016 às 18:55
1. Os discursos na Convenção do PCdoB que referendou a candidatura de Alice Portugal a prefeita da capital criticando o prefeito ACM Neto de 'priorizar projetos da orla e descuidar da educação e da saúde', além de apoiar o 'golpe'  sensibilizaram o DEM a ponto do líder da oposição na Assembleia, deputado Sandro Régis (DEM), emitir uma nota rebatendo o que foi dito pelos comunistas e aliados, classificando muito do que foi falado como mentiras, falácias.

   2. Veja o que diz Régis: "a convenção que homologou a candidatura da deputada federal Alice Portugal (PCdoB) a prefeita de Salvador demonstrou, nos discursos das lideranças comunistas e petistas, "um verdadeiro show de horrores, com muita mentira, despreparo, falta de conhecimento da cidade, tentativa de chantagem e ataques rasteiros". "Estão todos nervosos porque sabem que, este ano, graças à Lava Jato, não vão conseguir eleger mais ninguém com dinheiro do petrolão, nem em Salvador nem na Bahia", afirmou. 

   2. O democrata disse que, "se a tese dos adversários é nacionalizar a campanha, o desejo será atendido. "Se eles querem debater o lava jato, os desvios da Petrobras, os escândalos que envolvem figuras locais como o ex-governador Jaques Wagner, que até hoje está recebendo o 'bolsa impeachment' porque está ganhando sem trabalhar, topamos o debate. Se querem debater como a campanha do governador Rui Costa foi abastecida na Bahia, em termos financeiros, também podemos debater isso. Queremos debater como o petrolão enriqueceu os cofres petistas aqui, inclusive nas campanhas passadas". 

   3. Régis rebateu críticas feitas na convenção de Alice Portugal pelo governador Rui Costa. "São tantas mentiras infantis, rasteiras, que se eles usarem na campanha vão ser facilmente desmentidos por números. O governador disse que ao investir na requalificação da orla o prefeito ACM Neto deixou a educação infantil de lado. Balela. O prefeito está construindo 39 creches na cidade. Muitas já foram entregues. Vamos dobrar o número de vagas em creches. E qual foi a que Rui Costa fez em Salvador? Qual foi a nova escola que o PT fez em Salvador?", indagou. 

    4. Sandro Régis lembrou que o PCdoB já teve a Secretaria Municipal de Educação na gestão João Henrique. "E o que eles fizeram a frente da pasta? Eu respondo: nada. Não fizeram salas de aula, não ampliaram a rede, não cuidaram as nossas crianças. Agora ficam com discurso de fantasia porque não têm o que mostrar. Quando requalificou a orla da cidade, o prefeito ACM Neto fez para gerar emprego e renda, para estimular nosso turismo". 

   5. Concluiu: "Mas ele investiu muito mais em educação, que foi uma prioridade, e vamos mostrar isso na campanha. Com vamos mostrar também o que fizemos na saúde, pois eles chegam ao cúmulo de dizer que ACM Neto não fez nada pelo setor, quando construiu novas UPAs, Multicentros e até iniciou as obras do primeiro Hospital Municipal".
 
   6. Essa é uma resposta apenas política. Evidente que ACM Neto, ainda novo em idade porém experiente em política, não vai entrar nesse dabate no horário eleitoral do rádio e da TV, muito menos nas redes sociais, porque sabe que a população de Salvador, em sua maioria, não quer saber disso. 

   7. Quer um (a) prefeito (a) que olhe para ela e não que fique falando em  'Fora Temer' ou criticando aleatoriamente o que deseja. Neto priorizou a orla mas tem muita coisa para mostrar nos bairros, tanto nas áreas da saúde e educação, quanto no campo social. 

   8. Daí que haverá resposta política como houve essa de Sandro Régis e outras, mas a estratégia de Neto será outra. Esse debate do 'Fora Temer' e também o 'Fora Dilma e PT' está nas ruas e aconteceu neste domingo em várias capitais sendo resolvido até o início de setembro quando será votado o impeachment definitivo de Dilma, se ela fica ou se sai de vez. 

   9. Ademais, há um confronto nas ruas que está mais favorável ao 'Fora Dilma' do que 'Fora Temer' e as ruas, que antes eram praticamente exclusivas do sindicalistas, dos partidos chamados de esquerda, agora também estão sendo ocupadas pela classe média e pelas forças de direita.