Colunistas / Política
Tasso Franco

SUCESSÃO BAIANA: Protestos nas ruas criam novo ambiente na BAHIA

ACM Neto e Jaques Wagner são os dois cabos eleitorais mais importantes no estado
28/07/2013 às 10:15
1. A tese defendida pelos analistas diante da queda dos percentuais de aprovações dos seus governos, segundo o IBOPE, é de que "o alvo das insatisfações nas ruas é o poder público" daí que houve uma perda em bloco, de chefes de executivos de todos os partidos. 

   2. Na Bahia, Wagner despencou para 28% de aprovação (ótimo/bom). O único governador que conseguiu um indicador superior a 50% (58%) foi o de Pernambuco, Eduardo Campos, ainda assim, também perdeu porque tinha aprovação superior a 75%.

   3. O caso mais grave é o do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que afundou para 12% e ainda enfrenta muitos protestos. Em SP, a situação de Geraldo Alckmin (PSDB) caiu para 26% e também enfrenta muitos protestos, como os que aconteceram ontem, com destruição de muitas agências bancárias é complicada sua reeleição.

   4. Os casos do Rio e SP estão caminhando para uma situação mais critica, pois, os manifestantes, agora encapuzados, podem sair da condição de "jovens em protesto" para "bandidos em protesto".

   5. O que isso poderá resultar é difícil prever, mas, está se beirando uma situação muito crítica e o Estado tem mecanismo legais no combate a esses desordeiros. 

  6. A essa altura, o que os governadores e seus liderados estão analisando (caso que vale também para a presidente Dilma) é saber como recuperar suas popularidades e fazer seus sucessores. 

   7. Ninguém está paralisado, mas, é muito dificil que aconteça uma recuperação a curto prazo. Isso só se dará, desde que algumas medidas adotadas pelos gestores sejam eficazes, a médio e longo prazos. Vai, portanto, chegar ao ano eleitoral nesse tom. O Brasil pode ter um dos anos eleitores mais  tensos.

   8. Quem está de fora, não é gestor no momento, leva vantagem. São os os casos de Marina Silva (Rede Sustentável), para presidente da República, e, em relação a Bahia, Geddel Vieira Lima e Paulo Souto. Ninguém acredita que possa surgir uma "terceira força" um "outsider" para poder concorrer em pé de igualdade com os politicos já lançados pré-candidatos.

   9. Também é pouco provável que as oposições marchem com dois candidatos: Souto e Geddel. Ambos (ou um deles) precisará do apoio incondicional de ACM Neto, o preferecial nas atuais pesquias e que não será candidato.

  10. Wagner, ao que tudo indica, vai mesmo com Rui Costa. Primeiro deve acalmar seu PT elegendo Everaldo Anunciação, presidente do partido. Nem o mais animado petista de oposição interna a Rui acredita que Emiliano José vai disputar uma eleição interna com Everando, peitando o governador, ele que é suplente de deputado federal e já chegou a Brasilia nesta legislatura graças a Wagner. 
 11. Então, salvo melhor juizo, Rui se encaminha para ser o candidato do PT. Também ningúem acredita numa candidatura de Lidice da Mata, pelo PSB, no enfrentamento a Wagner. Otto e Marcelo Nilo não se contam. João Durval, candidato do PDT, seria um balão de ensaio. JH pelo PP nem pensar por este partido.
 
   12. De maneira que, a sucessão na Bahia caminha para um confronto entre Rui x Geddel, prioritariamente. Geddel anuncia que está bem em pesquisas internas que faz, mas, não revela números. E, Wagner, agora, independente de qualquer coisa, tem que melhorar sua própria performance para alavancar Rui. Seu caso não é tão grave. Tem 28% de bom/ótimo e um regular acima de 30%. Se conseguir puxar o regular para bom/ótimo volta a um patamar confortável.

   13. Precisa, ainda, que Dilma também cresça. Se Dilma cair mais ainda e não se recuperar, ai ficará mais dificil para Wagner. Os marketeiros de Dilma dizem que ela chegou ao número histórico do PT (30% de bom/ótimo) e só tende a crescer a partir de agora. Nunca se sabe. Vai depender de melhoras na economia e sobretudo nas áreas criticas do seu govero: saúde, segurança e educação.