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Tasso Franco

AFUNILA disputa para governador no PT e sobraram Rui Costa e Pinheiro

A decisão final sairá em novembro próximo
05/07/2013 às 10:26
1. No meio político mais bem informado sobre esse segmento a entrevista do governador Wagner, em A Tarde, hoje, dando conta de que não existem mais 4 nomes na pré-disputa entre os petistas ao governo do estado e que um deles vai anunciar a desistência, em breve, não causou surpresas. 

   2. Todo mundo nesse meio sabe que o candidato preferencial (in-pectore, do peito) do governador é o secretário da Casa Civil, Rui Costa, e o chefe do Executivo desde que o trouxe de Brasília em primneiro mandato, bem votado na Bahia quando articulou bem sua candidatura como secretário das Relações Institucionais de Wagner, na sua primeira gestão, está treinando-o para a missão de governador. 

   3. Na realidade, havia, a rigor, três nomes iniciais na pré-disputa (Rui Costa, Sérgio Gabrielli e Walter Pinheiro) porque nunca ninguém considerou o nome de Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, como qualquer competitividade, tanto no partido; quanto no governo. Gabrielli, menos mal, porque tem um provável apadriamento do ex-presidente Lula.

   4. O ingresso de Gabrielli no governo Wagner, no entanto, tem uma diferencial em relação a Rui, uma vez que o economista e ex-presidente da Petrobras foi nomeado secretário do Planejamento depois de ser substituido na estatal, por Graça Foster. Não foi uma mudança traumática porque Gabrielli engoliu a seco, mas, o que se difundiu foi que Dilma colocou Graça por sua amizade de anos e para melhorar a performance da empresa.

   5. Gabrielli, portanto, tem esse contencioso e isso pesa porque todo candidato que tenha explicações a dar é ruim. Além do que, aí é um lado que pouca gente enxerga de Gabrielli, ele um dos melhores quadros do atual governo no sentido do planejamento macro, de pensar o Estado, de organizar projetos de médio e longo prazos. Tem, portanto, um papel importante na estratégia petista.

   6. Já Rui, menos mal, nunca foi testado administrativamente, tem se revelado um bom articulador político, é amigo de Wagner desde a época do Sindiquimica, no Pólo de Camaçari, e, em tese, como se diz na política "não tem rabo". Ademais, hoje, no partido, da forma que se articulou com a Reencantar e outros grupos, numa disputa interna leva fácil.

   7. Seu oponente, em sendo assim, nos 4 do PT que se resumiram a 2, passa a ser Walter Pinheiro, senador da corrente DS (Democracia Socialista) e que vem fazendo um bom trabalho no Senado. Pinheiro já teve o apoio declarado do PP e, espacialmente falando, por ter sido candidato a senador em 2010, seu nome é mais conhecido na Bahia do que o de Rui.

   8. Mas isso não conta muito (salvo nas pesquisas inciais) porque a campanha, independente de ser Rui ou Pinheiro, deve massificar o 13 com aquela cantiga é 13...13...13 e com tempo de campanha nas ruas e na internet, rádio e TV se superar esse problema. E mais: o mote das campánhas petistas dos últimos anos, do time de Wagner/Lula/Dilma.