Colunistas / Política
Tasso Franco

A PESQUISA IBOPE/TV BAHIA E AS DÚVIDAS

Alguns números não batem
10/09/2010 às 22:01
 A pesquisa Ibope/TV Bahia divulgada nesta sexta-feira, 10, à noite, revela que o governador Wagner estaria eleito no 1º turno se as eleições fossem hoje, isso porque tem 49% das intenções dos votos, o que representa mais de 50% dos votos válidos, uma vez que seus adversários, somados, têm apenas 29% de intenções de votos considerando os 15% de Souto, mais 12% de Geddel, 1% de Bassuma e 1% de Marcos Mendes.

   O que causa certa estranheza na pesquisa é o fato de que, o presidente Lula esteve em Salvador no último dia 26, um dia antes da última pesquisa TV Bahia/Ibope divulgada dia 27, Wagner com 49%, e, passados 15 dias de sua visita, com grande exposição na TV, Wagner se mantém com os mesmos 49%. Por esse ângulo, a visita de Lula/Dilma não acrescentou nada em termos de votos ao candidato do PT.

   Uma outra situação também paradoxal é o fato de que 53% das pessoas avaliam o governo Wagner como ótimo (14%) e bom (38%), mas, só 49% cravam seu nome como candidato a governador. Um outro dado senão questionável, mas, pelo menos intrigante é o fato de que Geddel Vieira Lima, com todo esforço que está fazendo, não cresce nada desde o início de agosto.

   A queda de Paulo Souto está dentro da margem de erro (3%), mas se considerarmos a pesquisa do Ibope/TV Bahia de 6 de agosto quando estava com 19% perdeu 4% em um mês, e, portanto, fora da margem de erro o que denota uma descida. Ademais, é o candidato com a maior taxa de rejeição (25%) e sua campanha na TV não empolga.

   No Senado, faltando 23 dias para as eleições, não se pode dizer que os números atuais (César favorito com 29%) sejam definitivos porque Pinheiro está nos seus calcanhares (27%) e Lídice também (26%). Até o momento, Wagner não deu sinais de crescimento acima da casa dos 50% e ainda existem, segundo o Ibope, 16% de indecisos. Se Wagner abocanhar a maior parte desses indecisos (essa é a tendência de quem está na frente), Pinheiro e Lídice podem atropelar Borges.

  A questão é que a campanha de Geddel não está morta. O candidato pode até não pontuar com mais alguns decibéis na sua jornada, estacionado que se encontra em 12%, mas, como ainda faltam 23 dias para as eleições, a tendência é de que cresça um pouco mais e isso pode beneficiar César. Para o Senado vai ser uma "guerra". Para o Governo o jogo estaria jogado segundo o Ibope.