Colunistas / Política
Tasso Franco

QUE PENSA GEDDEL, O ELEITOR E O "CANTO DA SEREIA"

Candidato acha que canto vai mudar
19/07/2010 às 18:01
Foto: BJÁ
Geddel: - Existiu um "canto da sereia" e o eleitor vai decidir se segue esse lamento
  Os jornalistas políticos que participaram do encontro com o candidato a governador da Bahia pelo PMDB, Geddel Vieira Lima, ficaram admirados com o entusiasmo deste candidato revelando estar "convicto" de que participará de um segundo turno nas próximas eleições.

   A certeza do candidato foi tanta, sem dados que possam consbstanciar essa afirmativa, que, só aguardando as próximas pesquisas de opinião para se ter uma idéia de que essa profecia se efetivará.

  Evidente que Geddel tem dados de estudos do seu comitê de campanha, não revelados na conversa com os jornalistas, que, certamente, permitem tal afirmativa. Pelo menos é o que se supõe.

  Porque, até agora, não existem indicadores de mudanças substanciais do quadro revelado pelas últimas pesquisas, Wagner como preferencial na corrida; Souto em segundo; Geddel em terceiro.

  O candidato do PMDB pelo exposto tem uma fé inabalável na campanha propriamente dita que se inicia a partir de 17 de agosto, com o uso intensivo do marketing político no rádio e na televisão, de resto, espaço que estará disponível a todos os candidatos a governador. 

  Daí que, se Geddel admite uma mudança substancial nos números permitindo que avance ao segundo turno, os demais candidatos também vão usar suas estratégias para fazer o mesmo.

  Então, por que só Geddel cresceria? Ora, o pau que dá em Francisco; da em Chico. A campanha, em tese, é o momento em que todos se esforçam para crescer e vencer. 

  O senador César Borges (PR) defende a tese de que Wagner está no final da pista de decolagem e seu voo é visual, limitado, uma vez que já teria batido no teto. Admite o mesmo com Paulo Souto. E, quando fala sobre Geddel, argui que, dos três candidatos, é aquele que ainda está na cabeceira da pista, vai alçar voo e ocupar espaços territoriais.

  Ou seja, o avião de Geddel tem tudo para passar o de Souto e se aproximar de Wagner.

  O candidato do PMDB admitiu na conversa com os jornalistas que não tem acertos com Souto para um provável segundo turno e que o voto majoritário está mais livre, autônomo, e evidente que valem todas as estruturas partidárias, coligações, etc, mas, o mais importante é a mensagem.

  Para Geddel existiu um "canto da sereia" (se referia indiretamente a Wagner, em 2006) e essa expectativa se desfez diante de um governo que não teria honrado os compromissos com os eleitores e com a Bahia.

  Que novo bicho vai dar? O ex-ministro não acredita que o eleitor vai se manter apegado ao "canto da sereia" e viria mudanças fortes a caminho. 

  Colocá-lo à imagem e semelhança de ACM como alguns querem e pontuam, segundo Geddel, nem pensar. "Eu fiz um enfrentamento com ele (ACM) e pode ter ficado alguma imagem nessa direção, de truculência. Mas, vou ser sincero. Sou mesmo é afirmativo. Digo o que penso", fechou.

  São pontos de vista de Geddel. 

  Agora, entre o desejo e a realidade vai uma distância muito grande. E isso só quem vai definir é o eleitorado.