Foto: Carol Garcia

Avaliação do governo do presidente Lula não pára de crescer e atinge 78% no Brasil

  A pesquisa DataFolha divulgada nesta sexta feira azíaga em que o sentimento patriótico baiano foi atropelado pelo futebol e a desastrosa seleção de Dunga naufragou na incompetência e falta de brio revela que a eleição para presidente do Brasil, Serra com 39% e Dilma com 38%, continua bastante disputada e o jogo da sucessão ainda não está definido.

  Essa nova rodada do DataFolha não trouxe surpresas embora revelasse que o avanço de Dilma visto nas últimas mostras, inclusive do Ibope e Vox (Dilma 40%; Serra 35%) tende a um desaquecimento e Serra, apesar de todas as derrapadas do PSDB, conseguiu manter sua performance, ao que se atribui exposição da midia televisiva. É provável que sim.

  O que também causa uma certa surpresa é que a avaliação de desempenho do governo do presidente Lula não pára de crescer, já atinge a marca de 78% no Brasil (ótimo/bom) e 85% no Nordeste, mas, isso não tem se refletido de forma esmagadora no avanço de Dilma, como de fato aconteceu, em parte, e numa queda ou rejeição de Serra.

  As duas regiões onde Dilma tem o maior percentual de intenções de votos são
Nordeste (47% contra 30% de Serra); e Norte Centro Oeste (42% contra 38% de Serra). No mais, Serra bate Dilma no Sudeste 43% contra 33%; e Sul, 50% a 32%.

  A candidata Marina Silva não se apresenta, até agora, com capacidade competitiva e se situa com 10% das intenções de votos no geral, sendo seu melhor desempenho no Sudeste com 13%.

  Os dados da pesquisa DataFolha são também alentadores para o candidato da coligação DEM/PSDB na Bahia, Paulo Souto, o qual, tendo no nome Serra um representante competitivo, capaz de disputar pau a pau com Dilma, a tendência é se manter oxigenado para enfrentar Jaques Wagner.

  O governador da Bahia deve se beneficiar da performance do presidente Lula no Nordeste (85%), mas, isso ainda não se traduziu em números para Wagner. Só aguardando a próxima avaliação dos institutos para termos uma idéia do que poderá acontecer, se Wagner decola dos 43% que tem atingindo a marca de 50% ou mais; ou se manterá nesse patamar.

  Com a derrota do Brasil para a Holanda a Copa do Mundo deixa de ser um atrativo maior ao povo brasileiro e as campanhas entram com todo vapor a partir do dia 6 de julho próximo. É aguardar para verificar o que vai acontecer na Bahia. No Brasil, a situação está muito clara, numa polarização Serra/Dilma.

  Na Bahia, com um terceiro nome na disputa, do ex-ministro Geddel, só lendo os próximos números das pesquisas no estado. O governo, a partir de hoje, 3, deixa de veicular sua propaganda institucional e promocional. É uma perda enorme para Wagner.