Colunistas / Política
Tasso Franco

O TOM DE JAQUES WAGNER NA CAMPANHA

Veja o que pensa o governador
15/06/2010 às 06:25

De tranqüilidade, de dever cumprido com a Bahia mostrando o que foi capaz de fazer nesse período de governo e a possibilidade de realizar muito mais na diretriz do projeto político Lula/Dilma. Esse será o tom da campanha do governador Jaques Wagner à reeleição. Entende que a Bahia não deseja voltar ao passado, há um projeto de mudanças na Bahia e no Brasil em curso, a economia nacional vai bem com reflexos abrangentes e de ações na Bahia, o governo Lula tem popularidade de 83% no NE, então, acredita que está bem situado no caminho da reeleição.

Conversei com o governador na última sexta-feira, 11, na Band Bahia. Ele me disse o seguinte: - Estou na faixa entre 43% e 45% da preferência do eleitorado (intenções de votos nas pesquisas já divulgadas e nas internas, da Agecom) com uma margem de diferença entre 10% a 12% superior aos meus adversários juntos. Devo manter esse patamar até o início da campanha propriamente dita, quando se iniciam os debates e os programas nos veículos de comunicação de massa (a partir de 17 de agosto, horário eleitoral na TV/Rádio) e a tendência é crescer.

Sobre a divisão do palanque da candidata a presidente Dilma Rousseff na Bahia com o candidato do PMDB ao governo, Geddel Vieira Lima, não vê problemas. "Nossa candidata não rejeita apoios e a aliança com o PMDB é nacional. Partiu de cima e nunca me opus". Agora, quanto à relação com o presidente Lula, o grande eleitor, Wagner muda o tom e diz que "não se troca 3 anos por 30". Ou seja, o governador tem uma situação de amizade e no mundo da política com o presidente Lula que data de 1980, época dos primórdios de fundação do partido.

Noutras palavras, e aí o raciocínio lógico é do comentarista, Wagner tem uma identidade muito mais forte com Lula, até porque integra o PT e é o governador mais importante deste partido no Brasil, do que Geddel. E, nesse contexto, Wagner tem mais a cara de Lula do que Geddel ainda que o candidato do PMDB já venha explorando na televisão imagens e fala do presidente em elogios ao seu desempenho quando era ministro da Integração Nacional. "No coments" é a lógica do governador. "Caberá ao povo decidir", diz. E acrescenta: "Não vai haver confusão na cabeça do povo".

O governado entende que seu calo maior, na gestão, é a área da segurança. Mas, considera que o impulso, no momento e daqui pra frente, tende a ser positivo. Tem números a apresentar como o aumento de policiais, mais inteligência, mais infra, e uma luta incessante contra o tráfico de drogas. Vê o problema com uma abrangência mais ampla, contribuindo para isso a degradação de valores da sociedade, incluindo saúde, educação, etc, e essa conta não é dele. É história e seus antecessores não podem ficar imunes.

"Tenho dados: investimentos maiores do que o governo passado, em segurança, algo em torno de 68%", assegura. "E mais: vou falar o que penso, de forma aberta, e mostrar o que está sendo feito no Estado que não e é pouca coisa", diz o governador. Nesse falar, se somam valores democráticas de uma Bahia sem amarras e livre, sem chefe, de um novo pensamento político com diálogo e assim por diante. E, evidentemente, tudo isso amarrado com o projeto político Lula/Dilma.

Alterações no decorrer de uma campanha podem acontecer aqui ou acolá, a depender de algumas circunstâncias pontuais. Mas, em síntese, esse é o tom a ser usado por Wagner à reeleição.