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Lula tem aprovação de 76% e vai fazer revolução eleitoral nos estados

  A pesquisa DataFolha publicada neste sábado pela Folha de São Paulo aponta a força que o presidente Lula da Silva, com 76% de ótimo/bom para seu governo, nota 8 e nível recorde de aceitação, terá nesta eleição. 

  A ex-ministra Dilma Rousseff, sua candidata a presidente pelo PT, saltou de 30% em abril último para 37% e empatou com o tucano José Serra. E, pela primeira vez, em segundo turno, inverteu a equação e passou à frente de Serra, 46% contra 45%. Se as eleições fossem hoje seria a presidenta do Brasil.
 
  Pelo exposto na pesquisa DataFolha, a disputa está polarizada entre Serra e Dilma com 74% do eleitordo já definindo suas posições, restando aí os 12% reservados a Marina e mais 14% dos que não sabem e indecisos para moverem a roda da disputa, e serem disputados pelos candidatos. 

  A julgar pelo que aconteceu nesses últimos 35 dias, entre a pesquisa de abril e esta de hoje, período em que se deu o rifamento e Ciro Gomes, PSB, pré-candidato que pontuava com 9%, esse eleitorado do socialista migrou em massa para Dilma, e ainda provocou uma pororoca no saco eleitoral de Serra, uma vez que passou a ser vista com mais clareza pela população como a candidata de Lula.

  No último programa de TV do PT, Lula colocou Dilma no colo, ninou e apresentou-a ao Brasil como a sua candidata. E, além disso, capacitada para presidir o Brasil e uma pessoa de sua inteira confiança, à sua imagem para dar continuidade ao seu projeto político. A população concordou com a fala do presidente e Dilma subiu ao primeiro lugar nas pesquias, no segundo turno.

  O que se verifica, no momento, é uma curva ascendente de Dilma (de 30% para 37%) e uma descendente de Serra (de 42% para 37%). Essa é a tendência atual e ainda existe uma margem de crescimento (para um ou para o outro) em torno de 8% a 10% considerando-se os votos nulos numa eleição, com possibilidade de Dilma ficar com a parte mais gorda desse percentual.

  Ademais, com a polarização da campanha propriamente, a pré-campanha de Marina continua tão insossa como começou, dificilmente esta candidata cresceria e seus votos serão pulverizados. Por ora, estão sendo mantidos no patamar de 12%. Se mantiver esse percentual até o final do pleito terá papel preponderante no segundo turno. Hipótese que poucos acreditam.

  Se Lula já mostrou na fase de pré-campanha a sua força, quando sair pelo Brasil carregando Dilma nos braços durante a campanha pode levar o pleito no primeiro turno. E, de quebra, vai fazer uma revolução nas candidaturas a governador. Aqui na Bahia, por exemplo, Wagner depende substancialmente desta ajuda.

   Por enquanto, Lula concentra esforços em alavancar Dilma. Depois, será a vez dos governadores.