Colunistas / Política
Tasso Franco

PT AINDA NÃO DISSE SIM PARA LÍDICE NO SENADO

A deputada federal Lídice da Mata, PSB, trabalha sua candidatura ao Senado com Wagner
12/07/2009 às 20:00
   A deputada Lídice da Mata, PSB, tem reestruturado este partido na Bahia com o expurgo de alguns integrantes que não comungam com sua cartilha, caso especial do grupo do ex-secretário municipal Paulo Macarenhas, e se organizado para integrar a chapa do governador Jaques Wagner, PT, candidato natural à reeleição, na condição de candidata ao Senado.

   Nada mais justo. Lídice já foi prefeita de Salvador (1993/1996), candidata a governadora (1990) e é deputada federal por um partido que tem sido aliado inquestionável em fidelidade ao PT. Recentemente, 2008, integrou a chapa de Walter Pinheiro como candidata a vice-prefeita, na capital, derrotada pela dupla João Henrique/Edivaldo Brito.

   Já que a sucessão nacional está com o carro andando, o presidente Lula apoiando abertamente a candidatura Dilma Rousseff e o PT, sem dissidências dado o prestígio de Lula (quase 80% nas pesquisas de ótimo/bom em avaliação governamental) comungando com essa candidatura, nos estados também foram disparados os sinais de movimentação dos candidatos, aqui na Bahia, Wagner, Geddel e Souto com os pés nas estradas.
 
   Diante desses fatos, a deputada Lídice e o PSB têm anunciado o desejo de que a ex-prefeita de Salvador emplaque seu nome ao Senado, já com declarações de aliados na capital e no interior, de que Lídice é o nome. 

   A questão é que, até agora, o PT não deu sinais (salvo integrantes do seu terceiro escalão) de acolhimento à candidatura de Lídice como, aliás, era de esperar. Dizia-se que, no último final de semana, secretários estaduais do PT estariam presentes no Congresso Municipal que elegeu Celsinho Cotrim para presidente da Executiva de Salvador, mas, de fato, isto não aconteceu.

  Conversei com uma fonte do PT e ele me disse o seguinte: - Ainda é cedo para esse tipo de definição. O governo mantém a esperança da continuidade da aliança com o PMDB e reserva uma vaga para o ministro Geddel ao Senado. A outra vaga é para ser discutida mais adiante.

  Então, a observação do petista dá conta de que, dificilmente, Lídice terá o apoio do partido, agora, entendendo-se que é prematuro fazê-lo, pois, fecharia logo uma das janelas ao Senado (são duas vagas a serem disputadas em 2010) e isso não seria interessante ao governador, nem ao partido.

  Em síntese, Lídice e o PSB vão continuar organizando esse caminho, movimentando a mídia, mas, como diria o ditado popular: - Cada dia; sua agonia. E está longe da agonia. Ainda que, como é óbvio, isso não impedirá que Lídice e o PSB continuem trabalhando nessa direção. Ficarem parados seria até pior.