Colunistas / Política
Tasso Franco

ROMPIMENTO DE WAGNER COM JOÃO DESDE 2º TURNO

João vai ser tratado a "pão de água", de forma republicana
17/12/2008 às 09:21
 
Foto: Foto: Manu Dias
João não foi cumprimentado por Wagner e a Agecom o exclui até das fotos do evento
  Conforme comentamos aqui neste Bahia Já em primeira mão, desde a último dia 12, quando anunciamos que o prefeito João Henrique (PMDB) iria ao encontro dos Democrtas, com o prefeito eleito de São Paulo, Gilberto Kassab, evento organizado pelo ex-governador Paulo Souto, presidente do Democratas na Bahia, em Salvador e Feira de Santana, romperiam-se as relações políticas entre o governador Jaques Wagner, PT, e o prefeito João Henrique.
  Nada de novo nessa história, pois, este rompimento não protocolar, porque a direção do PMDB espera uma comunicação oficial do governador Wagner, vem desde a eleição do segundo turno entre João x Pinheiro, quando o Democratas apoiou o candidato do PMDB e o levou à vitória, para glória do ministro Geddel Vieira Lima.


   Desde aquele momento que o governador Wagner viu escapar do seu controle, a aliança PT/PMDB na Bahia, posteriormente referendada num artigo assinado por Geddel em A Tarde posicionando-se com líder baiano e candidato a governador, em 2010, e em subseqüentes entrevistas do ministro na imprensa local e em Veja.


   Por parte do PT também ocorreram artigos e propostas de rompimento imediato através dos deputados federais Geraldo Simões e Luis Bassuma, e pressões e posicionamentos da direção partidária em relação ao chefe do executivo e no apoio integral da bancada estadual à reeleição do deputado Marcelo Nilo, PSDB, à presidência da Assembléia.


   Wagner, que já vinha tratando o governo João Henrique "a pão e água" anuncia através do seu porta-voz que o fará, a partir de agora, de "forma republicana". Ou seja, com mais pão e água, realizando as obras e projetos na capital, como aliás já vem fazendo, através da Conder, situação que já aconteceu em governos passados na época do poderoso ACM.


  Resta saber, agora, se o rompimento com a administração do prefeito João Henrique representa uma extensão ao PMDB e com o ministro Geddel Vieira Lima.


   Isso, aliás, na prática, já vem acontecendo com as eleições para presidente da UPB e Mesa da Assembléia Legislativa, e na declarada oposição ferrenha ao prefeito por parte da bancada do PT, onde o PMDD está de um lado e o PT do outro, inconciliáveis.


   Com esse novo movimento de Wagner, posto com o aval de Lula a partir do episódio da inauguração do Complexo Viário 2 de Julho, a sucessão baiana 2010 vai ficando mais clara, como comentamos também aqui neste BJá, ontem, com PT e seus tradicionais aliados PCdoB e PSB (e partidos menores) de um lado e PMDB, Democratas e PSDB do outro.


   O jogo, portanto, está ficando com definição mais clara na escalação dos times para o jogo sucessório em 2010.