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7º FESTIVAL RADIOCA CELEBRA A MÚSICA BRASILEIRA NESTE FINAL DE SEMANA

Dias 16 e 17 de dezembro
Paula Berbert , Salvador | 12/12/2023 às 19:25
Juliana Linhares [Foto por Clarice Lissovsky
Foto: Clarice Lissovsky

Nos dias 16 e 17 de dezembro, Salvador recebe a 7ª edição do Festival Radioca, que mergulha com tudo na música brasileira ao valorizar sua diversidade, misturar diferentes estilos e incentivar o público a se deparar com o novo. Serão 10 shows, cinco a cada dia, na Fábrica Cultural, no bairro da Ribeira, com programação iniciada às 14h30. A proposta é de que o público possa acolher toda a grade montada pela curadoria, que coloca a produção musical contemporânea do país como protagonista de um evento dependente de música. Ingressos estão à venda pela Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca).

  No sábado, o lineup apresenta Pato Fu (MG), Mahmundi (RJ), Juliana Linhares (RN), Dr. Drumah (BA) e Outras Vozes (BA). No domingo, será a vez de Chico César (PB), Mestre Ambrósio (PE), Mãeana (RJ), Luneta Mágica (AM) e Aguidavi do Jêje (BA). Devassa, patrocinadora do evento, também promove o “Momento Tudo Nosso Devassa”, ação de intercâmbio de artistas negros do Norte e do Nordeste nos festivais de música do Brasil. No Festival Radioca, o repentista e carimbozeiro paraense Mestre Damasceno e a cantora e instrumentista baiana Vanessa Melo farão participação especial no show de Chico César.

 

“A curadoria encara o desafio de trazer artistas que nunca vêm aqui, ou shows inéditos, e equilibrar isso com a diversidade de gêneros, de lugares, música instrumental, além de garantir presença de artistas novos e veteranos. É esse equilíbrio de vários elementos que dá a cara do que é o Radioca”, resume o jornalista Luciano Matos, que assina a curadoria junto com a produtora cultural Carol Morena e os músicos Roberto Barreto e Ronei Jorge.

 

Carol Morena reafirma: “A identidade visual do festival este ano retoma um pouco a da nossa primeira edição, com a própria música sendo o mote da criação. Essa escolha reflete nosso esforço de afirmar que somos um festival de música, está na música nosso maior interesse, está no palco nosso maior cuidado. Queremos principalmente que o público vá para conhecer shows que não conhece. Parece óbvio dizer isso, mas, num tempo em que muitas vezes a música passou a ser adereço e o marketing dita as tendências da arte, fincar esse pé é importante e nosso papel”.

 

Com seis edições já realizadas desde 2015, o Festival Radioca busca apresentar artistas e acontecimentos musicais relevantes, enquanto escapa de obviedades e antecipa tendências, consolidando o lema de “A música que você ainda vai ouvir”. Figurado entre os principais eventos musicais do país, o Radioca já levou a seus palcos 65 shows de artistas de 14 estados de todas as regiões do Brasil, sem nunca repetir suas atrações.

 

“Criar essa oportunidade é algo que a gente faz questão de cumprir. Dr. Drumah, apesar de baiano, nunca fez o show do seu novo disco em Salvador, Juliana Linhares também não trouxe a turnê de seu elogiado álbum de estreia, a banda Luneta Mágica nunca veio à Bahia. Achamos importante contribuir para o cenário musical, que às vezes fica muito repetitivo, caindo na mesmice. Isso é bom para o público da cidade e, nacionalmente, somos um dos poucos festivais com essa preocupação de não repetir atrações, de tentar apresentar o que há de mais relevante na nova música, sem cair nas armadilhas do mercado que está pouco interessado em música de fato”, afirma Luciano Matos.

 

O 7º Festival Radioca tem produção da Tropicasa Produções e patrocínio de Devassa e do Governo do Estado da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

 

AS ATRAÇÕES – Dois aniversários de 30 anos estão no lineup: a banda mineira Pato Fu, uma das mais criativas do cenário pop brasileiro, celebrando as três décadas ininterruptas de estrada, e a pernambucana Mestre Ambrósio, uma das mais importantes do movimento Manguebeat, que há quase 20 anos não se reunia nos palcos e se reencontra para festejar este marco.

 

Outro veterano que apresenta show inédito em Salvador será o paraibano Chico César, na turnê de seu mais recente álbum, “Vestido de Amor”: um artista de tradição e vanguarda, em constante movimento. Deste modo, o Festival Radioca cumpre uma das premissas de todas suas edições e mostra como a nova música brasileira é consequência de quem abriu portas antes, apresentando gente de referência que segue produzindo inventivamente e influenciando novas gerações. Chico ainda abrirá espaço para o “Momento Tudo Nosso Devassa”, recebendo participações do botador de boi, repentista e cantador de carimbó paraense Mestre Damasceno e da cantora e instrumentista baiana Vanessa Melo, escolhidos através desta plataforma que busca impulsionar a carreira de artistas negros.

 

Três mulheres em carreiras solos cheias de personalidade marcam presença: a carioca Mahmundi, desejo antigo do Festival Radioca, vem pela primeira vez a Salvador com seu pop contemporâneo no show de seu quarto álbum, “Amor Fati”; a potiguar Juliana Linhares, que trafega pela música brasileira contemporânea dialogando com elementos da música tradicional nordestina na turnê de seu primeiro disco, “Nordeste Ficção”, apresentado pela primeira vez na cidade; e a também carioca Mãeana, com sua estética singular em repertório de músicas que fazem parte da sua história até aqui.

 

Vem do Amazonas o rock psicodélico da banda Luneta Mágica, atração inédita na cidade. O grupo chega com o seu mais recente e elogiado álbum, “No Paiz das Amazonas”, que traz os dilemas existentes entre a metrópole manauara e a maior floresta tropical do mundo e que teve repercussão internacional.

 

A Bahia é representada por três shows bastante distintos e de evidente beleza. Além de sempre garantir a presença de nomes da potente cena musical baiana, o Radioca também reserva lugar, todos os anos, para a música instrumental, desta vez representada por Dr. Drumah, alcunha usada enquanto produtor de beats pelo baterista baiano Jorge Dubman, conhecido como integrante da IFÁ e outras tantas bandas e projetos. Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o Aguidavi do Jêje chega com seu primeiro disco recém-saído do forno, mostrando seu som afro-percussivo referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin. E se o Festival Radioca é comprometido em apresentar o novo para o seu público, o coletivo Outras Vozes surgiu em 2023 como uma atração ideal: um bando de 11 artistas que, juntos no palco, passeiam pelo repertório autoral de cada um.

 

UM EVENTO DOS TEMPOS DE AGORA – Realizar festivais em 2023 exige atitudes efetivas de promoção de acessibilidade e inclusão, de impacto social, de acolhimento a infâncias e famílias, de sustentabilidade. E se o Festival Radioca é pautado pela diversidade da música brasileira, fazendo uma programação de mistura de gêneros, gerações, origens e tribos, o desejo de ajuntamento também se manifesta com a plateia.

 

O evento garante variadas medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência. Pessoas surdas poderão aproveitar desta programação com a interpretação em Libras de todos os shows e presença de tradutores para assistência pelos ambientes do evento. Pessoas com deficiências visuais terão, no bar e lanchonetes, cardápios com versões impressas aumentadas e versões audiodescritas via QR code. Audiodescrição também estará disponível em pontos estratégicos do local. A área da Fábrica Cultural é plana, com rampas de acesso e banheiro acessível para pessoas cadeirantes ou com dificuldade de locomoção. Na frente do palco, há área reservada para os que desejarem; no fundo, estará montado um mirante. O Festival Radioca ainda vai realizar uma visita guiada para PCDs – e quem mais quiser – no início de cada dia do evento, para ambientação e orientação.

 

Num país ainda marcado por severas desigualdades, o Festival Radioca considera as exclusões estruturais e reserva 250 ingressos gratuitos por dia para inclusão de grupos sociais minorizados: a própria comunidade PCD, credenciada através do Saídas Culturais Acessíveis, grupo que mobiliza esta população para difundir informações sobre eventos aptos a recebê-la; e pessoas trans, que poderão retirar cortesias através da mesma plataforma de venda de ingressos. Também estão contempladas pessoas residentes do território da Cidade Baixa, além de participantes do projeto de formação “Ponte para a Comunidade”, que celebra a parceria da Casa da Ponte com oito organizações afro de Salvador: a Banda Didá, os blocos Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Malê Debalê e Olodum, o Afoxé Filhos de Gandhy, o Grupo Étnico Cultural e a Associação Pracatum. Para completar, Devassa faz sorteio de ingressos através da plataforma “Tudo Nosso” (www.devassa.com.br/tudonosso), para pessoas pretas, pardas ou indígenas.

 

As crianças são muito bem-vindas e poderão usufruir do Espaço Erê, disponível sem nenhuma cobrança extra. Ainda que o evento seja para maiores de 18 anos, menores acompanhados de responsáveis têm acesso autorizado e crianças até 11 anos e 11 meses não pagam ingresso – e acolher as infâncias é também acolher as suas famílias e garantir a mães e pais o direito à diversão. O Grupo Currupião será o responsável por cuidar do espaço.

 

Para hidratar o público em uma programação que também é diurna, o Festival Radioca vai instalar bebedouros de água de uso gratuito. Quem quiser já entrar com sua água, poderá fazê-lo com garrafas e copos plásticos devidamente lacrados. Justamente reagindo ao aquecimento global cada vez mais evidente, o Radioca se compromete em ser um evento sustentável, no intuito de minimizar seu impacto no meio ambiente e se unir contra os avanços da mudança climática. O público também é responsável por colaborar neste movimento: as lixeiras estarão separadas por tipo de resíduo.

 

O ESPAÇO – Pelo segundo ano, o Festival Radioca se instala na Fábrica Cultural, espaço multicultural no bairro da Ribeira, na Península de Itapagipe, no local da antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima. Ali cercada por belos cenários de Salvador, com intensa movimentação de pessoas em praias, calçadão, marina, embarcações, bares, restaurantes, além de sua famosa sorveteria, a área tem 7.000 m² e foi cedida pelo Governo da Bahia para a organização social presidida por Margareth Menezes. Personalizando o acolhimento ao público de 3 mil pessoas por dia, além de toda a estrutura para os shows, serão montadas uma feira de moda, arte, impressos e discos – numa parceria com a Bazá Rozê, a Rede Iaô de Economia Criativa e a Feira do Vinil – e a Lojinha do Radioca, com produtos do festival e dos artistas da programação. Na praça de alimentação, opções vegetarianas e veganas estarão disponíveis. Bares e espaços de convívio completam o ambiente.

 

ENCONTRO DE FESTIVAIS DE MÚSICA DA BAHIA – Antes da programação musical, o Festival Radioca promove o “Encontro de Festivais de Música da Bahia”, na manhã do dia 16, a partir das 9h, na Casa Rosa, no Rio Vermelho. O público fica convidado para o debate que provocará reflexões em torno da questão: como e em que rumos seguiremos produzindo festivais diante dos novos moldes do mercado da música? Mediado pela produtora cultural e curadora Ana Morena e por Vince de Mira, diretor da Associação de Festivais Independentes (Abrafin), o encontro vai reunir representantes de diversos eventos baianos, com tamanhos variados e com um fundamento em comum: o teor independente, desvinculado de grandes corporações e do mercado mainstream. A ideia é discutir a importância e o papel destes festivais para o ecossistema musical e para a economia do estado. Na pauta, estarão as políticas públicas dos poderes municipais, estaduais e federais, incluindo a ausência de políticas específicas; a relação com marcas, empresas e patrocinadores; a colaboração mútua; a contribuição para a cena musical baiana; além da relação com o calendário de festas e eventos programados e produzidos pelo poder público. A proposta é também contribuir para consolidar o papel da Abrafin, bem como provocar a criação de circuitos que facilitem a circulação de artistas do estado e de fora.

 

ATRAÇÕES DE 16 DE DEZEMBRO


Pato Fu (MG) – Reconhecida como uma das mais criativas do cenário pop brasileiro, a banda está celebrando seus 30 anos ininterruptos de estrada e traz o show da turnê do álbum “30”. Na apresentação, que mostra o lado mais pesado do grupo, estão canções de todos os álbuns de sua discografia e faixas do novo trabalho, lançado este ano. Com 13 discos e cinco DVDs, promete um repertório com hits autorais – entre eles “Canção Pra Você Viver Mais”, “Sobre o Tempo”, “Perdendo Dentes”, “Antes Que Seja Tarde”, “Simplicidade”, “Depois” e “Made in Japan” –, além das regravações criativas e originais, a exemplo de “Ando Meio Desligado” (Os Mutantes), “Eu Sei” (Legião Urbana) e “Eu” (Graforréia Xilarmônica). Mantendo-se incansavelmente original, o Pato Fu é formado por Fernanda Takai (voz), John Ulhoa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Richard Neves (teclados) e Xande Tamietti (bateria).

 

Mahmundi (RJ) – A cantora, compositora e multi-instrumentista traz seu pop contemporâneo no show de seu quarto álbum, “Amor Fati”, lançado em maio deste ano. Com uma respeitada trajetória, que inclui os discos “Mahmundi” (2016), “Para dias ruins” (2018) e “Mundo novo” (2020), transita por música eletrônica, R&B, trap, reggaeton, numa atmosfera tropical que faz uma musicalidade peculiar e humanizada. Aos 37 anos, criada em Marechal Hermes, zona norte do Rio, mas radicada em São Paulo há um ano, ela trabalha com conforto com as novas tecnologias, as novas formas de chegar aos ouvidos das pessoas e também com as diversas maneiras de desfrutar música pop hoje.

 

Juliana Linhares (RN) – A cantora, compositora e atriz trafega pela música brasileira contemporânea dialogando com elementos da música tradicional nordestina. Traz a primeira apresentação em Salvador da turnê de seu primeiro disco solo, “Nordeste Ficção” (2021). Nas composições, há parcerias dela com Chico César, Zeca Baleiro, Khrystal, Moyseis Marques, Posada, Mestrinho e Jéssica Caitano, além de uma releitura do hino nordestino “Tareco e Mariola”, de Petrúcio Amorim. O álbum abre espaço para questionamentos sobre os significados de ser nordestina hoje. Como retirante, Juliana possui a observação particular a respeito dos clichês com que o resto do país enxerga sua região de origem.

 

Dr. Drumah (BA) – Alcunha usada enquanto produtor de beats pelo baterista Jorge Dubman, conhecido como integrante da IFÁ e de outros tantos projetos, Dr. Drumah teve o reggae como escola e os discos como professores, iniciando assim sua vasta pesquisa. Autodidata, trilha um já longo histórico junto aos samplers e drum machines. Se destaca pela marca que imprime em seus sons, seja como músico ou como beatmaker, usando texturas e timbres que tornam a sua música bastante particular. Entre álbuns, EPs e singles, somam-se 13 títulos lançados ao longo de 20 anos de carreira. O show do Radioca será focado no disco mais recente, “Nu-Konduktor” (2021).

 

Outras Vozes (BA) – Um bando de 11 artistas que, juntos no palco, passeia pelo repertório autoral de cada um. Ana Barroso, Ângela Velloso, Dorea, Daniel Farias, Fatel, Guigga, Lígia Rizério, Luiza Britto, Nalessa Paraizo, Théo Charles e Tom Lima formaram o coletivo em 2023, surpreendendo e emocionando pelo seu trabalho de composição e, também, pelo apuro vocal. A reunião dessas pessoas se deu como um movimento de fortalecimento mútuo, para mostrar o que a cena baiana tem produzido e para convocar, conjuntamente, a generosidade de uma escuta disposta a apreciar artistas apresentando suas canções autorais, releituras de músicas brasileiras e outras intervenções artísticas. No espetáculo, a poesia declamada conduz o fio entre as canções.

 

ATRAÇÕES DE 17 DE DEZEMBRO


Chico César (PB) – Ele é daqueles artistas que alcançaram a popularidade tendo a música e a poesia como fundamentos, sem jamais se descolar de sua identidade e qualidade de produção. Na turnê de seu décimo álbum, “Vestido de Amor” (2022), tem quase 40 anos de carreira artística, com repercussão internacional. Neste mais recente lançamento, aborda profundamente o tema do panafricanismo, desta vez do ponto de vista da diáspora. Foi seu primeiro trabalho concebido fora do Brasil, gravado na França com produção do franco-belga Jean Lamoot, numa narrativa honesta e lúdica de um mundo mestiço. Como resultado, surgem do forró do norte brasileiro ao reggae jamaicano, da rumba zairense ao calipso, do coco ao elétrico rock urbano, recolocando no centro o Nordeste brasileiro.

 

            PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS NO SHOW DE CHICO CÉSAR

Mestre Damasceno (PA) – Nascido no Quilombo do Salvá, no município de Salvaterra, arquipélago do Marajó, é botador de boi, repentista, cantador de carimbó, compositor de sambas, fazedor de rimas, poeta, pescador, contador de histórias e criador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra. Possui mais de 400 composições e é notório representante da cultura popular do seu estado.

 

Vanessa Melo (BA) – Cantora, compositora e instrumentista, sua história com a música começou em 2005 quando ela iniciou o curso de clarinete. Depois seguiu estudando, participou do projeto Neojiba, fez curso técnico em música e hoje é artista independente. Também faz parte do Projeto Rumpilezzinho, que estuda a musicalidade oriunda das referências diaspóricas dentro da cultura baiana.

 

Mestre Ambrósio (PE) – Uma das mais importantes bandas do movimento Manguebeat estava há quase duas décadas sem se reunir nos palcos. O marco de 30 anos de criação do grupo inspirou o reencontro, que tem gerado reações emocionantes. Em clima de comemoração, Siba (vocal, guitarra e rabeca), Eder “O” Rocha (percussão), Helder Vasconcelos (fole de 8 baixos, percussão e coro), Cassiano (vocal e percussão), Mazinho Lima (baixo e coro) e Mauricio Bade (percussão e coro) revisitam o repertório dos três álbuns da carreira (“Mestre Ambrósio”, “Fuá na Casa de Cabral” e “Terceiro Samba”) com a formação original. O show mobiliza o público com a mensagem da diversidade e da valorização da cultura brasileira, dois elementos centrais do Manguebeat.

 

Mãeana (RJ) – Ana Cláudia Lomelino iniciou sua carreira de cantora aos 22 anos. Enquanto os CDs e LPs de Caetano Veloso, seu ídolo e maior influência musical e artística, dominavam sua estante, ela estudava dança na importante Faculdade Angel Vianna. Foi em 2007 que virou vocalista do grupo Tono, com quem permaneceu oito anos e gravou três discos. Ana então deu luz à carreira solo e assumiu a identidade Mãeana, com desejo de criar em volta de si um útero onde as pessoas possam entrar e tomar banho de som. De voz suave e melodiosa, lançou seu primeiro disco, “Mãeana”, em 2015, e “Mãeana2”, em 2021, ambos produzidos por Bem Gil. O repertório será composto por músicas que fizeram parte da história da artista até aqui. O canto virá acompanhado de guitarra, baixo e bateria, emoldurados pela estética singular de Mãeana, que transforma os palcos por onde passa.

 

Luneta Mágica (AM) – Formada em 2008, a banda de rock psicodélico se apresenta pela primeira vez em Salvador e chega pela primeira vez no Nordeste com o seu mais recente álbum, “No Paiz das Amazonas”, lançado no ano passado. O trabalho traz os dilemas existentes entre a metrópole manauara e a maior floresta tropical do mundo, mesclando influências da música tradicional local com referências de vanguarda espalhadas pelo mundo. A demo “Remédio pra Gripe” (2011), os discos “Amanhã Vai Ser o Melhor Dia da Sua Vida” (2012) e “No Meu Peito” (2015), além de um álbum de remixes em 2017, completam a discografia do grupo, que já circulou em festivais de todo o país, com destaque para o Lollapalooza BR, e do exterior, como o SXSW (EUA).

 

Aguidavi do Jêje (BA) – Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o grupo afro-percussivo é referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin: uma orquestra de atabaques que se autointitula “ritual percussivo”. São 16 músicos/ogãs com idades entre 15 e 45 anos que cresceram no Terreiro do Bogum. As letras rememoram cantigas de candomblé e trovas originais da cultura popular, mas com um sotaque atual. Com arranjos inusitados, reúne atabaques, berimbau, agogô, pandeiro, caxixi e outros instrumentos construídos pelos próprios integrantes, além de pedais de efeitos e bateria eletrônica. O Aguidavi do Jêje chega ao Radioca com seu primeiro disco recém-lançado em novembro.

 

 

 

ENCONTRO DE FESTIVAIS DE MÚSICA DA BAHIA

Quando: 16 de dezembro de 2023 (sábado), 9h

Onde: Casa Rosa (Praça Colombo, nº 106 – Rio Vermelho – Salvador, Bahia)

Quanto: Gratuito

 

7º FESTIVAL RADIOCA

Quando: 16 e 17 de dezembro de 2023 (sábado e domingo), a partir das 14h30

Onde: Fábrica Cultural (Largo da Ribeira, nº 33 – Ribeira – Salvador/Bahia)

Atrações na ordem de apresentação

Sábado: Outras Vozes (BA) + Dr. Drumah (BA) + Juliana Linhares (RN) + Mahmundi (RJ) + Pato Fu (MG)

Domingo: Aguidavi do Jêje (BA) + Luneta Mágica (AM) + Mãeana (RJ) + Mestre Ambrósio (PE) + Chico César (PB) com participações especiais de Mestre Damasceno (PA) e Vanessa Melo (BA)

Quanto:

3º LOTE:

1 dia (sábado ou domingo): R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Passaporte para os dois dias: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)

Vendas: Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca)

Classificação indicativa: 18 anos

Site: https://festival.radioca.com.br

Acesse todos os canais do Radioca: https://linktr.ee/radioca