Política

MATÉRIA DE AGUIRRE DO UOL: DELATORA DIZ QUE POLICIA BAIANA BLINDOU RUI

Aguirre Talento é jornalista baiano que trabalha em São Paulo e acompanha caso dos respiradores comprados por Rui Costa e que nunca foram entregiues
Tasso Franco ,  Salvador | 04/04/2024 às 18:59
Rui costa hoje é chefe da Casa Civil e nega qualquer envolvimento na fraude
Foto: Ag Brasil
Em matéria assinada por Aguirre Talento, jornalista baiano que trabalha na UOL, a empresária Cristiana Prestes Taddeo afirmou, em seu acordo de delação premiada, que a Polícia Civil da Bahia omitiu propositalmente o nome do então governador da Bahia, Rui Costa (PT), nos depoimentos que ela prestou sobre as fraudes no contrato de R$ 48 milhões para a compra de respiradores.

  Foi o próprio Rui Costa, quando ainda governava o Estado, quem determinou a abertura de inquérito pela Polícia Civil sobre a compra dos equipamentos que jamais foram entregues. Este é um dos argumentos apresentados pela defesa de Costa, que é ministro-chefe da Casa Civil desde 2023, para negar envolvimento com o negócio que jamais foram entregues. Este é um dos argumentos apresentados pela defesa de Costa, que é ministro-chefe da Casa Civil desde 2023, para negar envolvimento com o negócio que causou prejuízo ao erário.

   Num dos anexos da delação — a que o UOL teve acesso —, Taddeo afirma que os delegados que estavam à frente da investigação baiana recusaram-se a transcrever as citações ao nome do governador nos termos de depoimento. A dona da empresa Hempcare, que recebeu os recursos e não entregou os respiradores, diz ter citado o petista "três ou quatro vezes"… -

Todas as vezes que eu mencionei o governador Rui Costa, os delegados que estavam me entrevistando minimizaram a sua participação dizendo que ele não tinha nenhuma culpa; que essas respostas se repetiram e, em algumas oportunidades, de forma agressiva; que então eu percebi que eles estavam protegendo o governador
Cristiana Taddeo, em delação premiada

Taddeo depôs à Polícia Civil da Bahia após ser presa temporariamente em junho de 2020. Ela foi libertada após cinco dias.

A empresária disse que a então delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Bahia, Ana Carolina Rezende, acompanhou os seus depoimentos e era a que mais protegia o governador, além de outros delegados. A matéria tem outros detalhes inclusive com citações a ex-primeira dama Aline Peixoto, hoje, no TCM.