Política

2 de JULHO: Festa cívica virou política e primou pela desorganização

Buracos imensos no desfile e falta de organização
Tasso Franco , da redação em Salvador | 02/07/2019 às 13:09
Carros dos caboclos na Praça Thomé de Souza
Foto: BJÁ
  A festa cívica ao 2 de Julho de 1823 que marca a independência da Bahia do domínio colonial português tornou-se um evento mais político do que cívico, embora uma coisa não possa ser dissociada da outra, e uma desorganização neste 2019 como nunca se viu. Os carros do caboclo e da cabocla chegaram a Praça Thomé de Souza antes das 10 horas isolados do restante do desfile onde se misturaram fanfarras e grupos políticos. Encourados do Pedrão, não vi. Filarmônicas, não existiram como desejáveis. Enormes buracos no desfile entre a Lapinha e o Campo Grande o que perdeu o brilho para quem apreciava o evento.

   Na solenidade da Lapinha, o governador em exercício, João Leão, o prefeito de Salador, ACM Neto, o presidente do IGHB, Eduardo Morais de Castro, o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Leal, o senador Jaques Wagner, o presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Jr, deputados e secretários municipais. 

   O governador Leão disse: "O 2 de Julho é um dia muito importante para a Bahia e o Brasil. É uma data que marca o coração dos baianos. É uma felicidade grande ver esse povo reunido, comemorando". O prefeito ACM Neto comentou: "É a oportunidade que a gente tem não só de falar do passado, de homenagear aqueles que construíram nossa terra até aqui, mas também falar da luta diária de nosso povo, sempre tentando superar as desigualdades. Momento também de reafirmar nosso compromisso com a Bahia e nossa gente".

   A partir da largada na Lapinha cada grupo político tomou seu rumo ou seguiu seu bloco. E os movimentos sociais e políticos protestaram de todo jeito, especialmente contra o presidente Jair Bolsonaro e as privatizações, mas, quem assistia ao desfile não se empolgou com nenhum deles. Figuras exóticas também desfilaram com todo tido de fantasia e muitos participantes portavam camisas com o slogan Lula Livre e Moro Preso.

   As bandeirinhas do Brasil e da Bahia que a população usava ao assistir o desfile sumiram. E os dobrados das filarmônicas de Cachoeira e do Recôncavo fizeram falta imensa.