A segurança viária dos agentes de trânsito de Salvador foi discutida em sessão especial, na manhã desta segunda-feira, 26, no plenário da Câmara Municipal, em comemoração ao Dia Nacional do Trânsito (25 de setembro), por iniciativa do vereador Leo Prates (DEM).

Entre os assuntos em pauta a importância da aprovação da Emenda Constitucional nº 82/2014, que disciplina e dá caráter constitucional e estrutura em carreiras à profissão nos estados e municípios. O democrata enalteceu o papel desses profissionais, disciplinando a mobilidade urbana na capital baiana e salvando vidas.

“Ninguém pode fazer a segurança desses profissionais na mão grande. O agente de trânsito é uma das funções mais importantes, apesar de não estar entre as mais populares na nossa sociedade. Só existe trânsito porque existe agente de trânsito. As pessoas deveriam conhecer o dia a dia desses profissionais para entender a necessidade da valorização desta categoria”, afirmou.

O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, também reforçou a necessidade de valorização dos agentes: “Essa sessão especial é uma justa homenagem a esses profissionais que se dedicam a propiciar segurança no trânsito e melhorar a mobilidade urbana”.

As dificuldades diárias e a insegurança também foram apontadas pelo vice-presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), André Camilo: “Muitas vezes deixamos de agir como deveríamos por causa da violência na rua e da falta de proteção para executar as nossas atividades. Em algumas oportunidades temos que deixar os locais porque somos ameaçados. Nesses momentos não é só o agente que deixa o local. O estado é que deixa de intervir e não cumpre como deveria a nossa legislação”.

Compuseram também a mesa diretora do encontro Marcelo Correia e Antonio Nery, respectivamente diretor e gerente da Transalvador, e o capitão do Corpo de Bombeiros, Leandro Vialto.

Protesto pelos deficientes

A data dedicada à Luta Nacional das Pessoas com Deficiência foi celebrada na última quarta-feira, 21, com um protesto promovido por Luiz Carlos Suíca (PT). Ele cobrou das empresas da capital e de toda a Bahia, o cumprimento da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, existente há 25 anos.

“É preciso que as empresas cumpram a lei. Tendo mais de 100 empregados devem destinar de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência. A intenção da regra é justamente ampliar essa participação dos deficientes no mercado de trabalho. Infelizmente o número de empresas que não são obrigadas a cumprir a lei é alto e elas não cumprem o estabelecido”, pontuou.

Na Bahia, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, aponta que a oferta de educação especial é dever constitucional do Estado. No mês de julho de 2015, a Bahia aprovou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mas não foram garantidos os direitos na prática. “Não adianta apenas ter leis no papel, é necessário garantir políticas públicas e inclusão social dessas pessoas. Defendo que alunos especiais devam estudar em escolas regulares, em vez de especiais, tanto na rede pública quanto na particular, pois é assim que a inclusão acontece, não é com segregação”, afirmou o petista.