“Políticas públicas para o tratamento da anemia falciforme” será o tema da audiência pública que a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) vai promover no próximo dia 1º de setembro, no Auditório do Bahia Center, a partir das 9 horas. Participarão do encontro profissionais de saúde, representantes da sociedade civil e entidades como o Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a comunista é fundamental aprofundar o debate sobre o assunto e avaliar os serviços oferecidos pelo Estado: “A anemia falciforme atinge, sobretudo, a população de baixa renda, que mais depende de serviços públicos e que, muitas vezes, não recebe a orientação e o tratamento necessários”.
A patologia é genética, silenciosa, com alto índice de mortalidade e caracterizada pela deformação que causa na membrana dos glóbulos vermelhos do sangue. Estima-se sua incidência em de 1 caso para cada 380 nascidos vivos na população afrodescendente das Américas.
A Bahia concentra o maior número de casos no país e, segundo a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), em 2014 9.315 pessoas, entre crianças e adultos, eram tratadas no Estado. Conforme o médico Gildásio Daltro, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia, no Hospital das Clínicas existem centros de referências na cidade e no estado, mas “há falta de políticas públicas para cuidar das complicações”.
Daltro estará presente no debate junto com o Doutor Mitermayer Reis, pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA); do Doutor Altair Lira, coordenador-geral da Associação Baiana de Portadores de Doenças Falciformes (Abadfal); do representante do laboratório Bristol-Myers Squibb Farmacêutica; de Luciana Serafim, portadora de anemia falciforme e idealizadora do canal no Youtube “Energia Falciforme”.