“A importância das creches para a autonomia da mulher” é o tema da audiência pública que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador realiza na próxima segunda-feira, 30, às 9 horas, no Centro de Cultura. O objetivo é traçar estratégias para assegurar o direito das mulheres à creche, possibilitando mais oportunidades de acesso ao mercado de trabalho e à formação educacional.

A presidente do colegiado, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), destaca a necessidade da autonomia da mulher que é mãe: “Muitas mães estudam e trabalham, precisamos de uma rede de creches públicas, de boa qualidade, inclusive noturnas, para que elas conquistem sua emancipação econômica e seus filhos estejam protegidos”. Foram convidados representantes do Conselho Municipal da Mulher, da Secretaria Municipal de Educação e da Superintendência de Políticas para as Mulheres.

Mais de 145 mil crianças de zero a cinco anos de idade precisam do serviço de creches em Salvador, conforme dados da Central de Creches do Brasil. A capital baiana é uma das menos preparadas no país para atender mães e filhos através das creches públicas e conveniadas.

Atualmente, Salvador possui 239 creches comunitárias, filantrópicas e confessionais, que oferecem cerca de 20 mil vagas. Desse total, 148 são reconhecidas pela Prefeitura Municipal e 69 conveniadas. A maioria recebe verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio de 2012 pelo governo federal.

Já a prefeitura administra 109 unidades, das quais 43 estão com obras paradas há quase um ano e 20 estão em andamento.

Queremos merenda melhor!

A qualidade da merenda escolar e a estrutura da Escola Municipal Vale das Pedrinhas foram criticadas por estudantes do 5º ano da instituição, em sessão mirim realizada na manhã desta terça-feira, 24, no plenário da Câmara Municipal de Salvador. O presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Sílvio Humberto (PSB), prometeu levar as reivindicações dos alunos ao secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani.

Nomeada 3ª secretária da sessão, a vereadora mirim Raykelly Alves de Oliveira sugeriu que a merenda escolar alie a qualidade com o sabor: “Não adianta ser só saudável se a gente não gosta. Não teria como ter uma merenda que fosse saudável e gostosa?”.

Sílvio Humberto concordou com o questionamento feito pela estudante e destacou a importância de oferecer aos alunos “uma merenda digna”. Outro ponto levantado pelos jovens foi sobre a estrutura da instituição para a realização de práticas esportivas. A ausência de bebedouro próximo à quadra poliesportiva foi questionada pelos estudantes.

“Se os governantes consideram o esporte importante, por que não investem em material esportivo e em melhores condições?”, indagou Raykelly.

A mesa da sessão composta por outras edis mirins Monique Coelho da Silva (1ª secretária), Kelly Ferreira Oliveira (2ª secretária) e Ana Luiza de Jesus Santos (1ª vice-presidente). Sílvio Humberto aproveitou o fato de estar cercado por mulheres na mesa e levantou a questão da representação feminina nas casas legislativas.

“Fico feliz em termos quatro mulheres na mesa desta sessão mirim. Mas isso, infelizmente, não representa a composição política da Casa. Por isso, falo sempre sobre a importância do voto. Precisamos eleger quem parece conosco. Se o poder for sempre ocupado por pessoas muito diferente de nós, correremos o risco de que pairem sempre ideias que não nos representam”, argumentou.

Os estudantes foram acompanhados pelos professores Dalva Rebouças, Ana Cristina Silva, Selma Menezes, Mabel Ferraz e Iago Moura. Após a sessão mirim, os jovens visitaram o Memorial da Câmara e conheceram detalhes da história da Casa e da fundação da primeira capital do Brasil.