Política

Pescadores e marisqueiras ocupam ALBA e defedem politicas para pesca

Solenidade aconteceu nesta sexta-feira, 28
Daniel Ferreira , Salvador | 28/08/2015 às 14:07
Samba Coral de Pescadoras de São Francisco do Conde
Foto: Keila Ramos
   Discutir políticas públicas para atender aos pescadores, aquicultores e marisqueiras no Estado da Bahia marcou a sessão especial “Pesca e Aquicultura que Alimentam a Vida”, nesta sexta-feira (28), na Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual
Marcelino Galo (PT), autor de projetos de Lei, em tramitação na Casa, que estabelece a obrigatoriedade de inclusão de peixe no cardápio dos programas de alimentação escolar no Estado, que cria a Política de Proteção à Fauna Aquática e de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura Sustentável no Estado da Bahia e que defende a destinação de 10% das unidades dos Programas Habitacionais do Estado para pescadores e famílias de pescadores. 

  “Debater políticas para pesca e aquicultura não é uma questão acessória em um país que possui 12% de toda água doce do planeta, uma costa marítima de 8,5 mil quilômetros e 8,2 bilhões de metros cúbicos de água nos rios, lagos, açudes e represas. A pesca e a aquicultura geram milhares de emprego e são fonte imprescindível de proteínas para a alimentação de nosso povo”, afirmou Galo, minutos antes da apresentação do Samba Coral de Pescadores e Marisqueiras de São Francisco do Conde no Plenário da Assembleia Legislativa. 

   “No Brasil existem mais de 11 mil rios, riachos e córregos, além de 219 reservatórios hidrelétricos. Estima-se que 1 em cada 200 brasileiros é pescador artesanal, o que equivale a quase 1 milhão de pessoas. Nosso país pode e deve aproveitar melhor o seu potencial pesqueiro e dinamizar a sua aquicultura, segmento que, segundo a FAO, teve um crescimento de mais de 50% na última década, respondendo a aquicultura por 50% do pescado consumido no planeta, produzindo 90 milhões de toneladas em 2012, mas que, entretanto, ainda está muito concentrada na Ásia, que produz 91% do pescado cultivado no mundo”, observou Galo.

   “Viemos da Ilha de Bom Jesus dos Passos, Paramana e Madre de Deus, lutar por nossos direitos, porque nós da pesca estamos tendo dificuldades no momento com peixes e mariscos por conta do óleo que tem sido derramado ali na baía. Os mariscos
estão ficando podre em decorrência disso, o que dificulta a mariscagem da gente”, denunciou Virginia da Silva Nunes, marisqueira da colônia Z-3, de Bom Jesus dos Passos.

   Durante o evento, a Fapesca entregou o prêmio Amigo da Pesca 2015 ao pescador Pedro da Silva, a marisqueira Julmaria Borges, ao deputado Marcelino Galo a intuição pública Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR) e a organização social Central Única dos Trabalhadores.