veja a repercussão
Tasso Franco , da redação em Salvador |
26/05/2014 às 17:49
Rosemberg Pinto, líder do PT, defende do governador Jaques Wagner
Foto: BJÁ
O assunto que dominou a pauta no plenário da Assembleia Legislativa nesta tarde de segunda-feira, 26, era o encontro que o governador Jaques Wagner teria com deputados da base governista na sala da presidência da Casa para pressionar os deputados a votarem nos candidatos ao TCE e TCM, deputados João Bonfim (PDT), Zezéu Ribeiro (PT) e MárioNegromonte (PP).
A repercussão foi tanta que Wagner mudou o local dos encontros, o que acontecerá na sede da Fundação Luis Eduardo Magalhães e não mais na Assembleia, segundo informes dos deputados a partir das 19h de hoje.
Para o deputado Paulo Azi (DEM), "é por isso que esse governo chega ao seu final tão decadente e com tanta repulsa da sociedade", o qual destacou que a Assembleia Legislativa está "se apequenando, se ajoelhando diante do governador".
Segundo o deputado, desde o início de sua gestão Wagner utiliza as armas e os instrumentos do poder para cooptar partidos, políticos e prefeitos, ao invés de direcionar a administração para os interesses da sociedade.
"Depois de contaminar toda a estrutura do Executivo com seu jogo de interesses, o governador avança sem cerimônia sobre as indicações dos Tribunais de Contas. Virou uma esculhambação, a vaga tal é pra tal partido; a vaga y para tal partido. É um tratamento que envergonha a todos nós".
Já o líder da oposição, deputado Elmar Nascimento (DEM), disse que a atitude de Wagner é uma "afronta a democracia". Segundo o parlamentar, o governador criou um "Conselho de Comunicação para controlar a Midia; e agora negocia vagas nos tribunais de contas do Estado e dos Municípios".
"A vaga de Filemon Matos estava vaga há meses; a vaga de Paulo Maracajá, idem; e agora, depois da renúncia de Zilton Rocha, TCE, sai de última hora um parecer parcial da CCJ da Assembleia nominando que vai concorrer as vagas", frisou situando que o governo inibe a concorrência e disputa de outros parlamentares, todos da sua base.
DEFESA DO GOVERNADOR
No entendimento do líder do PT, deputado Rosemberg Pinto, não há nenhuma anormalidade na publicação no Diário Oficial dos termos da CCJ, porque isso está previsto no Regimento da Casa. "Só a partir daí que se pode fazer a sabatina dos candidatos", frisou.
Rosemberg destacou, ainda, que os parlamentares da oposição está esquecido do passado, de quando eram governo, e as nomeações para o TCE e TCM seguiam critérios menos subjetivos do que os atuais. Para o parlamentar petista, o governador está exercendo seu direito e indicar nomes às cortes.
Já o deputado Leur Lomanto Jr (PMDB) destacou que, na realidade, "o que está havendo é uma barganha um toma lá e dá cá e o republicanismo do governador foi por água abaixo", completou.
