Colunistas / Crônicas
Jolivaldo Freitas

A Engenharia e a História da Bahia em relato minucioso

Um trabalho desde a época da fundação da cidade do Salvador, 1549
23/11/2015 às 10:08
Estou convidando o senhor e a senhora para o lançamento do meu novo livro, de título “A Engenharia e a História da Bahia”,segunda,  hoje a partir das 18 horas no Teatro Eva Herz, lá na Livraria Cultura do Salvador Shopping, e eu sei que vou ter de me explicar muito com meus amigos da Livraria Saraiva, Lilian, Jane, Daniel, Luciana, Patrícia, Joice e as meninas lá do Paralela, mas não fui eu quem escolheu o lugar – já vou tirando a minha da seringa -, embora se eu fizesse gosto ruim Rodrigo, lá da Cultura ia comer minhas vísceras. Mas não se pode agradar a todos.

O livro fui eu quem fez mas não é tão meu assim, pois pertence às festividades pelo 80 anos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (que já foi também da Arquitetura) da Bahia, nosso famoso e essencial Crea-Ba. Pois, Daniela Biscarde, o presidente Marco Amigo, o engenheiro e professor Herbert Oliveira, que abraçaram uma ideia do professor Caiuby Alves da Costa e José Spinola e me desafiaram a fazer uma livro em que a história esteja literalmente alicerçada pela Engenharia.

Mas, como cravar a figura do engenheiro ao longo dos séculos, notadamente quando da construção da Cidade de Salvador ou Cidade da Bahia, se somente séculos depois é que começou a ser usada a nomenclatura identificando a profissão de engenheiro. Foi um trabalho dando, com mais de 13 mil páginas pesquisadas por minha equipe e agradeço a Marcela Souza, museóloga Rita Maria Andrade, Raquel Ávila e ao pessoal da Fundação Gregório de Mattos, Tempostal e Fundação Pierre Verger, sem esquecer ao pessoal da Biblioteca Central, Divisão de Cultura Baiana, pelo danado do apoio e da chateação por mim cometida para alcançar o intento.

Rapaz, trabalhei tanto neste livro que fui fazer exame de sangue outro dia e deu carência de vitamina D. Imagine que para ter nos cornos a quantidade exata desta vitamina, basta fazer como Joãozinho, da historinha de João e Maria: coloca o dedinho no sol por 15 minutos e fica tudo bem. Só não peguei uma hemorroida pois comprei uma boa cadeira. E não tive L.E.R porque a mão e o braço estão acostumados a dar boas raquetadas nas quadras de tênis.

Mas no final acho que foi tudo bem. O professor, historiador e arquiteto Francisco Senna, das maiores sumidades em história da Bahia que conheço, gostou do trabalho e se ele gostou está bom por demais. O livro mostra a evolução histórica, do patrimônio, dos projetos e da capital e Bahia desde o século XVI ao século atual. É um livro grande, com fotos de Sérgio Pedreira e José Spinola, Manu Dias e outros (fotos antigas da FGM e Tempostal, etc), design gráfico de Alfredo Silva, também destacado advogado.

É destes livros grandes. Ruim de carregar, péssimo de guardar, mas bom de colocar na mesa de centro da visitar apreciar e o cachorro lascar nos dentes. Mas, sem sacanagem, tem conteúdo e o Crea-Ba não iria fazer por menos. É a história – uma crônica legal –, digamos completa, sobre nossa cidade pela qual sou apaixonado; e a Bahia, tanto pela qual mordo, arranho, mato e morro. Quem perder o lançamento é mulher de padre ou alienígena. Dedico aqui e agora o livro ao trabalho de doido que teve Daniela Biscarde. Só ela para entrar de cabeça nesta intifada.