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BAHIA JOGA BEM MAS PERDE DO CORÍNTHIANS 3X2 E PODE CAIR NA Z-4

Comenta ZédeJesusBarrêto que o Bahia encurralou o Timão mas perdeu por 3x2
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 16/09/2020 às 23:54
Gol do Timão
Foto: Rep


  O Itaquerão, agora chamado de Neo Química Arena (?), viu um dos melhores jogos do Brasileirão até aqui, mesmo com as duas equipes na zona de baixo da tabela de classificação. Corínthians e Bahia fizeram um belo jogo, com cinco gols, chances perdidas e emoção até o apito final do árbitro carioca, malandrão. 

  Deu o Timão paulista, 3 x 2, mas o resultado bem que poderia ter sido outro, favorável aos baianos, sobretudo pela primeira etapa e os gols perdidos. Talvez o Tricolor tenha feito a sua melhor partida até agora na competição; bem arrumado, tramando bem, brigando, disputando, criando chances ... 

 Mas o time de Mano também expôs seus pontos fracos e saiu derrotado por causa deles. É a defesa mais vazada da Série A, continua levando gols de bolas cruzadas, alçadas em faltas e escanteios e seu ataque (sobretudo Gilberto, há meses sem marcar) a perder gols incríveis, seguidos. Quem não faz, toma. 

  Com o resultado, o Corinthians vai a 12 pontos e se afasta da zona do fosso. O Bahia, há oito jogos sem vencer, estacionou nos 9 pontos e está na boca do precipício, deve entrar na zona no decorrer do restante da rodada.  
  Mano tem 10 dias para remendar a defesa e apurar a qualidade de finalização do time.  Postura já teve, mas faltou qualidade.  Devem chegar reforços essa semana.
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 Bola rolando

   O primeiro chute em gol, aos 2 minutos, foi do Bahia: Élber, da entrada da área, rasteiro, nas mãos de Cássio. Aos 4’, Otero respondeu, batendo forte da linha da grande área, a um palmo do poste de Douglas. Aos 6’, Nino cruzou da direita e Élber testou por cima.  O jogo começou com bom ritmo, tocado, limpo, ofensivo.  

  Aos 9 min o Tricolor entrou tabelando pela esquerda, Capixaba e Élber, Gilberto ficou de cara e bateu para fora, perdendo a primeira grande chance do jogo. O Bahia chegava mais, explorando bem o lado esquerdo do ataque.  Araos e Fagner levaram cartões amarelos por entradas duras. 

- Gol !  1 x 0 Corínthians, aos 16’. Quando o Bahia parecia superior, num escanteio a bola foi lançada para trás, fora da área baiana, Otero pegou de primeira, forte, a bola desviou na cabeça de Gilberto, na área, e matou o goleiro Douglas. Infelicidade de um lado, sorte do outro. 

 - O Bahia teve a chance do empate aos 23’, duas vezes. Elber entrou de cara com Cássio, rebateu, a bola sobrou para Gilberto na frente da pequena área; ele limpou e bateu, mas Danilo Avelar salvou em cima da linha. Gilberto perde mais uma. Logo depois, numa disputa na área corintiana, a bola bateu e desviou na mão do apoiador Xavier, de braço aberto, mas o árbitro carioca ... nem quis saber de VAR, assumiu a decisão. 

Aos 27’, num contragolpe, quase o time paulista aumentou, numa cabeçada de Araos, raspando o poste baiano. O Bahia tem a bola, trabalha melhor, mas... 

 - Gol ! aos 33 min, num contragolpe, o garoto Roni arriscou da entrada da área, por baixo, acertou o canto e Douglas aceitou. Corínthians 2 x 0. 

 - Gol ! 2 x 1, aos 35’, a resposta.  Nino Paraíba, de longe, acertou um foguete a meia altura, a bola bateu na trave e entrou; Cássio chegou atrasado. O Tricolor se mostrava vivo no jogo. 

 Gilberto, aos 37’, de cabeça, por muito pouco não empatou, bola passou raspando o poste, com Cássio só espiando, empurrando com os olhos; Rodriguinho, aos 41’, furou na hora do arremate, de frente. Mais duas chances claras, perdidas.  No finalzinho,  Capixaba tabelou com Gilberto, entrou pelo meio e bateu forte, no canto, mas essa Cássio foi buscar, salvou espalmando no rodapé.
  Bom primeiro tempo, bem jogado, veloz, aberto. O Bahia teve mais volume, atacou mais, chutou 13 vezes no gol adversário e perdeu chances incríveis de golear. O Corínthians chegou bem menos mas venceu (2 x 1), porque foi mais eficiente, mais feliz nas finalizações. Assim é o futebol.  Capixaba e Élber jogaram muito.
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  Nos vestiários, Mano ousou: tirou Ronaldo, apoiador, e colocou o avante Rossi, mais velocidade. No time paulista, mais cauteloso, saiu Araos e entrou Ramiro.  Recomeçou equilibrado, mas sem a mesma intensidade da primeira etapa. Aos 7’, Otero bateu falta, de longe, forte, mas Douglas rebateu bem.  O árbitro, bem conhecido, começou a marcar faltas contra o Bahia, na frente da área. Aos 15’, Otero bateu outra, forte e no canto, Douglas espalmou. 
 - Aos 15’, escanteio da direita, alto, Gil subiu mais que a zaga baiana e testou de frente, fazendo 3 x 1.  Os jogadores do Tricolor reclamaram de falta na disputa de bola pelo alto. O árbitro carioca assumiu, deu o gol. 
 Élber finalizou mal, por cima, aos 19’.  Saiu Gilberto ( há 9 jogos sem fazer um gol) e Rodriguinho (cansado) para a entrada de Saldanha e Marco Antonio.  O Bahia não consegue mais impor o ritmo do primeiro tempo, e o Corínthians se posta atrás, fechado, só no contragolpe, administrando bem a vantagem.

 Aos 22’, Elber arriscou de fora e Cássio espalmou no alto.  O Bahia em cima, no ataque, inteiro. Aos 24’, Otero bateu escanteio fechado e por muito pouco a bola não entrou, Gil perdeu. Aos 26’, Cássio salvou nos pés de Saldanha. Aos 31’, Clayson bateu falta da direita e Gregore cabeceou; a bola tirou tinta do poste. 

  Aos 36’, novamente a arbitragem prejudicou o Bahia; um chute no gol, a bola bateu no braço do corintiano, na linha da área e sobrou para Rossi, que finalizou, fez o gol. O árbitro marcou um impedimento do avante baiano e ignorou a mão do defensor corintiano, que antecedeu. Mano Menezes reclamou muito.  O Corínthians todo atrás, suportando. 
 - Gol ! 3 x 2 . O Bahia diminuiu aos 43’. Escanteio da esquerda, bola desviada e Saldanha conferiu. 

  Seis minutos de acréscimos e o Bahia todo no ataque, tentando e brigando como há tempo não víamos, até. Escanteiois seguidos e o Timão inteiro na área defensiva, garantindo o resultado a todo custo. 

  Resultado injusto pelo que os times produziram em campo; um empate talvez retratasse melhor. Mas futebol é gol. Quem não faz...            
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Destaques
No Corínthians, Otero foi decisivo, fez gols e foi fundamental nas bolas paradas. Cássio levou um gol de longe mas salvou uns três. 
 No Bahia, o ótimo primeiro tempo de Capixaba, Elber e Rodriguinho. A luta, até o final. 
De modo negativo, a infelicidade de Gilberto: perdeu chances incríveis e desviou de cabeça um chute de Otero, enganando o goleiro Douglas. 

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 Escalações 
- O Corínthians, de Dyego Coelho : Cássio, Fagner, Gil, Danilo Avelar e Lucas Piton; Xavier, Roni (Sidclay), Mateus Vital e Araos (Ramiro); Otero e Everaldo (Natel). 

- O Bahia de Mano Menezes : Douglas, Nino, Ernando, Wanderson e Capixaba; Gregore, Ronaldo (Rossi), Jadson (Daniel)  e Rodriguinho (Marco Antonio); Élber (Clayson) e Gilberto (Saldanha). 

Arbitragem carioca; no apito, Wagner do Nascimento Magalhães. Caseiro, malandro, sempre favorecendo o time do sul, a camisa. Suas arbitragens são assim, sempre. E é árbitro da FIFA ! 
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 O Tricolor baiano só volta a campo no dia 26, um sábado, em Curitiba, contra o Athlético do Paraná;  depois, ainda fora de casa, enfrenta o Botafogo, no Rio, dia 30 (quarta), jogo atrasado. 
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 Pela Segundona, o Vitória volta a jogar, pela 11ª rodada, também no dia 26, mas em casa, no Barradão, contra o Oeste (SP) de Barueri. O time tem 14 pontos ganhos, mas pode ainda cair (ou não) uma ou duas casas porque a 10ª rodada ainda rola, até sábado próximo. 

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 No mais, 
 Quero o meu Bahia com dendê; e um molho de pimenta, faz favor. 
 Um time com fibra, mandinga, malícia. Mistura de bola e capoeira.
 Um Bahêa mais baiano, que honre as cores, a história, o Hino:
“Somos do povo o clamor/ Ninguém nos vence em vibração”.
 Uma equipe em campo com Axé.