Esporte

BRASIL ATINGE MARCA HISTÓRICA NO PAN DE LIMA E SUPERA MARCA DO RIO

Com informações do Portal Terra
Da Redação ,  Salvador | 11/08/2019 às 11:36
Natação fez a diferença
Foto: DIV

Acho sempre bom ajudar o Brasil e poder contribuir com essa medalha. Não fui bem no Mundial, não vinha bem aqui, tem uma lesão atrapalhando, mas acho que consegui dar a volta por cima com esse pódio", comentou Caio Pumputis, feliz da vida com sua medalha de prata.

Naquela edição em 2007, o Time Brasil ganhou 157 pódios, com 52 medalhas de ouro, 40 de prata e 65 de bronze. A delegação nacional tinha 164 pódios, com 54 de ouro, 42 de prata e 68 de bronze até o fim das disputas do sábado. E o Pan em Lima ainda tem boas possibilidades de o Brasil ampliar essa marca, com algumas disputas hoje.

Com um ótimo desempenho na sexta-feira, quando conquistou 30 pódios no total, o Brasil ampliou sua vantagem sobre o Canadá, terceiro colocado no quadro de medalhas, e ficou a sete ouros do recorde. O segundo lugar geral, atrás apenas dos Estados Unidos, estava praticamente garantido. Mas o Time Brasil queria mais.

As primeiras medalhas vieram com a seleção feminina de polo aquático, que ganhou o bronze (mais tarde o masculino também ficou em terceiro lugar), e com os representantes da vela. Com os ouros de Martine Grael e Kahena Kunze (classe 49er FX), Bruno Lobo (Fórmula Kite) e Matheus Dellagnelo (Sunfish), o Brasil se aproximou do recorde. Ainda na vela vieram o bronze nas classes Snipe e a prata na classe Lightning.

No atletismo, o Brasil teve uma medalha de cada cor. Altobeli Santos foi ouro nos 3.000m com obstáculo, Augusto Dutra foi prata no salto com vara e Eduardo de Deus ficou com o bronze nos 110m com barreira. O caratê somou mais um ouro com Valéria Kumizaki e teve o bronze de Jessica de Paula.

No judô, Eduardo Yudi brilhou com a medalha de ouro e viu sua companheira de equipe, Alexia Castilhos, garantir o bronze. O título do brasileiro no tatame veio com um ippon em apenas 18 segundos em Medickson Del Orbe, da República Dominicana, pela categoria até 81 kg. "Eu pensei que ia ser uma luta dura. Mas eu já estava bem focado no que precisava fazer e deu certo logo no começo. Queria muito essa vitória", festejou.

Já no tênis de mesa veio também o bronze por equipes no masculino e a prata por equipes no feminino, quando o Brasil não conseguiu superar Porto Rico na decisão em disputa acirrada. A derrota foi muito sentida pois Bruna Takahashi teve o match point para ganhar o ouro diante de Melanie Diaz, mas a adversária conseguiu reagir e virou o duelo depois.

Se o recorde não veio com as raquetes das brasileiras, foi na natação que saiu a tão sonhada medalha que colocou o sarrafo do Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos um pouco mais para cima. Caio Pumputis terminou a prova de 200m medley na 2ª posição e garantiu ao Brasil sua melhor campanha na história do Pan. Seu compatriota Leonardo Santos ainda ficou com o bronze na mesma prova.

"A gente virou junto lá no final e sabíamos que o americano iria crescer na disputa. Mas fico feliz com essa prata e com o bronze do Léo, é bom ter mais uma dobradinha brasileira no pódio aqui no Pan de Lima", afirmou Pumputis, que pouco depois viu Guilherme Costa ganhar o ouro nos 1.500m, o revezamento masculino brasileiro ficar na segunda colocação no 4x100 metros medley e a equipe do revezamento 4x100m medley feminino ampliar o recorde com o bronze.

Ouro no basquete feminino

A seleção brasileira feminina de basquete encerrou um jejum de 28 anos nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Na decisão, no fim da noite deste sábado, a equipe teve ótima atuação e derrotou a seleção dos Estados Unidos por 79 a 73, conquistando a medalha de ouro desse evento pela primeira vez desde a icônica vitória sobre Cuba em Havana-1991.

Sob o comando de José Neto, que dirige a equipe em seu primeiro torneio oficial na função, a seleção teve campanha perfeita no Pan, pois na fase de grupos triunfou diante de Canadá, Porto Rico e Paraguai, depois derrotando a Colômbia nas semifinais. E a conquista no começo de um projeto dá esperanças de que o basquete feminino brasileiro volte a ser competitivo internacionalmente.

Foi uma decisão bastante equilibrada. O Brasil teve um começo forte, abrindo 14 a 8. Mas passou a cometer muitos erros, permitindo que as norte-americanas fechassem o primeiro quarto em vantagem de 22 a 20. Mas conseguiu a virada antes da saída para o intervalo, em 39 a 38.

No terceiro quarto, o Brasil teve um começo forte, especialmente na defesa. E isso acabou sendo determinante para a seleção começar o último período da decisão ganhando por 55 a 53. O equilíbrio e a emoção se repetiram no último quarto, mas a seleção brilhou para assegurar a vitória com atuação brilhante de Tainá, que fechou o duelo com 24 pontos.


Pelo Brasil, Raphaella Monteiro fez 12 pontos, assim como Erika. Na seleção dos Estados Unidos, Beatrice Mompremier somou 16 pontos e 12 rebotes.