Cultura

UM PASSEIO NO ELÉTRICO 28 DE LISBOA, MAIS FAMOSO E QUEIRDO DA CITY -TF

Custa 3.1 euros a viagem para o turista e para em 35 pontos alguns deles bem no coração de Lisboa, como o Chiado
Tasso Franco , Salvador | 24/01/2024 às 10:23
É como se o passageiro estivesse viajando no inicio do século passado
Foto: BJÁ
  Creio que são poucas as cidades no mundo Ocidental que ainda têm em circulação os bondinhos antigos elétricos que datam (sua concepção do século XIX, inicialmente muar) como os que existem em Lisboa e São Francisco (cable car). Em Salvador, até os ônibus elétricos da década de 1960, não rodam mais na Cidade Baixa.

  Em Lisboa, então, são tão populares como os pastéis de Belém e todo mundo os conhece e usam seus serviços em linhas regulares (ao todo 5) a mais famosa e utilizada a 28 que liga a Praça Martin Muniz a Prazeres, no Campo do Ourique, onde fica, também, uma atração turística valiosa da capital portuguesa o Cemitério de Prazeres, século XIX, com inúmeras obras de arte em mármore e personagens famosas sepultadas por lá.

  Os bondinhos são charmosos e atrações irresistíveis aos turistas que pagam 3.1 euros ao motorneiro (na entrada do bonde; salta-se pela porta traseira) e curtem uma viagem pelos principais pontos turisticos de Lisboa, desde a Alfama ao Chiado, São Bento e Estrela, usando o 28. Esta linha anda sempre com os bondinhos superlotados e se você quiser um lugar sentado se desloque até a praça Muniz e parta daí. Ou o inverso: do Campo do Ourique a Martim Moniz, lendário militar portugues.

  O 28 é também uma forma de locomoção no dia a dia dos lisboetas com preço diferenciado e uso do bilhete eletrônico. A viagem é um encanto e para em 35 pontos desde o Campo de Ourique, parque da Estrela, São Bento, praça Luiz Camões, Chiado, Sé, Limoeiro, Miradouro de Sta. Luzia, Graça, entre outros. 

   Funciona de  segunda a sexta-feira, das 6h às 22h30min e acolhe 20 passageiros sentados e 38 em pé. Conforto? Esqueça. Salvo se conseguir um assento. A estrutura do bondinho é de madeira e ferro, Portanto, nada alcochoado. É como existiam no inicio do século XX os que estão em circulação, obvio, remodelados, e com suportes de couro e argolas para as pessoas segurarem, quem viaja em pé.

  Há uma linha especial para turistas saindo da Praça do Comércio, com roteiro ampliado e exclusivo, que custa 25 euros  por pessoa, do Lisbon Bus Tours, conhecido como bondinhos vermelhos, com guias e outros serviços. 

  No 28 de carreira é precisoi ter cuidados especiais com as bolsas pois há relatos de batedores de carteiras a turistas com frequência. O uso do celular deve ser evitado, salvo se estiver sentado como fizemos ao gravar imagens para o canal de Sêo Franco, no YouTube. 

  Trata-se de um programa turístico sensacioinal. Nós - yo e a madame Bião - não fomos até o final de linha e saltamos no Largo da Estrela a tempo de visitar a basílica onde está sepultada a rainha portuguesa que governou o Brasil e morreu no Rio de Janeiro, dona Maria I, "a louca", mãe de Dom João VI e conhecer o Jardim ou Parque da Estrela. Voltamos para o centro (Chiado)  de táxi.
 
  HISTÓRIA
  
  A rede eletroviária lisboeta foi desenvolvida pela Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa, que desde 1878 com veículos de tração muar rodando sobre trilhos - “carros americanos”. Em 1900 instalaram-se os cabos aéreos, e construiu-se a “Geradora”, uma central termoelétrica a carvão, que fornecia energia para a operação da rede. Em 1901 era inaugurada a primeira carreira eletromotorizada, do Cais do Sodré a Algés, atual 15E).

  Entre 1901 e 1907 a rede cresceu rapidamente, uma vez que parte da infraestrutura já existia da época dos “americanos”. A expansão da rede de elétricos continuou até à década de 1930:em 1926 a rede chegou ao Alto de São João, em 1927 à Ajuda e em 1930 a Carnide. O Metrô de Lisboa começou a rodar em 1959. O elétrico atual usa apenas uma haste ligada a rede elétrica e funciona numa boa.

  Hoje, a cidade de Lisboa poussi um sistema de transporte público múltiplo e integrado: Metrô, VLT, Ônibus (elétricos), Bondinhos. O VLT é também chamado de elétrico. Há, ainda, transporte público por táxis e tuc-tuc (carros elétricos da Tesla reservados e explorados para uso de turistas). 

  Tal como Salvador, como Lisboa são duas cidades (a baixa e a alta) há 1 elevador (Santa Justa, usado só por turistas 5.5 euros o bilhete) e os ascensores (Bica, Glória e Lavra) usados por turistas e lisboetas. (TF)

*** Veja video no canal de Sêo Franco no YouTube