Cultura

O provável rombo financeiro em Serrinha e a mambembe cultura local, TF

Prefeito Adriano Lima deve convocar a imprensa para por fim a boataria na cidade
Tasso Franco , da redação em Salvador | 19/01/2017 às 12:16
Máquina tipográfica de madeira construída por Ernesto, no Museu Pró-Memória, AMAS
Foto: BJÁ
   Está havendo um 'disse me disse' enorme em Serrinha diante boataria de débitos deixados pela administração petista no município, um provável rombo financeiro, e que cabe ao prefeito Adriano Lima (PMDB) promover uma auditoria interna, convocar a imprensa como fez durante o anúncio de sua equipe, e falar o que, de fato está se passando. 

    Diz-se, inclusive, que o prédio da Prfefeitura, alugado, está com meses de atraso. O prefeito, portanto, poderia por um ponto final em toda a boataria e falar qual, realmente, a situação financeira do município.
 
   Por enquanto, a nova gestão está dando uma arrumada na casa, promove um faxinaço da cidade com lixo espalhado em vários bairros, ordena algumas espaços públicos como o local do antigo mercado municipal, o 'urubódromo', que foi tapumado, e ainda não aunciou nada de expressivo até agora. 

   Também é cedo e o gestor mal sentou-se na cadeira. Aliás, segundo comentários do radialista Ferraz, o prefeito está despachando mais em sua propriedade rural do que na sede da Prefeitura. Se assim for está errado.
   
   CULTURA ESQUECIDA

   O município de Serrinha viveu momentos de baixa na segunda gestão Osni Cardoso (PT) e não avançou nos setores essenciais para a população - a saúde e a educação - ainda que tenha instalado um Instituto Federal (IF), campus ainda sem operar adequadamente. A UPA Cidade Nova inaugurada por Rui Costa no apagar das luzes de 2016 está sem funcionar devido falta de estrutura e médicos. 

   Vê-se, pois, que o novo prefeito tem muito trabalho pela frente tanto pra realizar, como para cobrar. O Desipe, da área de segurança, ainda funciona meia boca.
  
   No campo da Cultura, o prefeito ainda não se pronunciou. A situação é caótica. A Biblioteca Municipal Reginaldo Ribeiro foi fechada pela administração petista. O município, que tem quase 100 mil habitantes, mais de 75 mil na sede - não tem uma centro de cultura e uma biblioteca pública. Socorre-se a população estudantil na biblioteca da Filarmônica 30 de Junho, na do Colégio Rubem Nogueira (defasada) e na da Escola Normal. 

   Esta última, segundo informações chegadas ao BJÁ está-se furtando os livros. A SEC estadual poderia fazer uma auditoria para verificar se isso é verdade.
  
   O tal Centro de Cultura que seria instalado no antigo Cine Marajó deu chabú. Depois, seria na sede da antiga Prefeitura, caindo aos pedaços, e nada foi concretizado. 

   O Museu Pró Memória de Serrinha, idealizado por Edmundo Bacelar, e que tinha um pequeno apoio da Maçonaria fechou. Seu acervo está na sede da AMAS, na zona Rural, uma escola modelo da iniciativa privada, uma Organização Social comandada por João Santos. Seu acervo está bem guardado, mas, pouco pesquisado ou usado. A AMAS fica distante 8 a 10km do centro da cidade e só os abnegados vão lá.
 
    Há um outro Muuseu na Cidade, do Gonzação, graças a iniciativa de Guilherme Machado. É particular. Abre ao público com visitas programadas.
  
   As manifestações da cultura popular de Serrinha acabaram. O Carnaval, o São João, o Natal, Reis, Movimento de Trovadores e outros desapareceram. Salvou-se do naufrágio a Procissão do Fogaréu na Semana Santa, graças a Igreja Católica. Quando a PMS interferiu foi para piorar a festa distribuindo tochas com marketing mambembe. 

   A Vaquejada é uma manifestação que se modificou muito ao longo dos anos, deixou de ser uma festa de vaqueiros para ser se axezeiros e pagodeiros, e é da iniciativa privada.
  
   Até os desfiles civicos da cidade, data da emancipação e o 7 de Setembro, minguaram. As manifestações das culturas populares dos povoados e distritos capengam, o bumba meu boi, o samba de negros do Matadouro e outros.
  
   Trabalho pela frente o novo prefeito tem muito e precisa ter equipe de categoria para reanimar esses movimentos, sem falar no básico que é a infraestrutura e o desenvolvimento econômico, aproveitar o de bom que o petismo deixou como a expansão da cidade na direção da BR-116 Norte e o Centro Industrial. (TF)