A temporada de ES:CA:PE iniciada em 21 de agosto conquistou o público ao propor uma experiência de interatividade onde tudo acontece de forma fluida, sem pressão e sem colocar o espectador - que aqui é jogador - em nenhuma situação de constrangimento.
De forma descontraída e com muita interatividade, o espectador terá a missão de ajudar Alissa e Thomas a se libertarem. Sem saber ao certo por que foram parar ali, eles precisarão do auxílio do público. Para escapar será necessário muita inteligência e agilidade; o jogador vai precisar lutar contra o tempo para juntar as peças desse quebra-cabeça e entender o que realmente está acontecendo.
Um dos espectadores, Filipe Pereira, game designer e gerente de projetos do grupo de pesquisa Comunidades Virtuais, da Uneb, acredita que “a combinação feita por ES:CA:PE proporciona que o público de jogos digitais se aproxime da linguagem do teatro e que o público do teatro adentre ao universo dos jogos”.
Como num game, o espetáculo é dividido em fases. Antes de cada uma delas é feito o sorteio entre aqueles jogadores da plateia que desejam ficar com o controle nas mãos. A partir deste controle - que é projetado para que todo o público veja e participe - o jogador seleciona as ações e determina o que os atores devem fazer no palco. A estudante Bruna Coutinho, 16 anos, participou de todas as apresentações das temporadas anteriores. Ela, que gosta muito de jogar videogame, diz que “a utilização do teatro torna a experiência muito mais instigante e desafiadora”.
Thaís Soares foi um dos espectadores a ter a experiência de ficar com o controle e representar a plateia na linha de frente do jogo. Para a psicóloga de 35 anos, ES:CA:PE é diferente, pois não dá pra ficar parado assistindo. “Jogar com toda a plateia é um momento de administrar a pressão e saber aproveitar as dicas para decifrar os enigmas”. Opinião similar é a de Simon Mazur, funcionário público, 30 anos. “É intrigante porque você tem que pensar e prestar atenção no jogo. A interação com a toda a plateia ajuda a desvendar a trama”.
Além da diversão do jogo, ES:CA:PE traz uma maneira inovadora de jogar explorando o raciocínio lógico, a agilidade na tomada de decisões, a observação de detalhes, a concentração multifocal e a memória.
Pode ir sem medo. Você não vai ser içado ao palco.
Tecnologia
ES:CA:PE possui uma interface em 2D, através da qual um espectador controla as ações dos personagens. Cada ação do jogador no mapa corresponderá a uma ação dos atores no palco: andar, subir, investigar, pegar um objeto e assim por diante.
Todas as ações dos personagens são controladas através de uma interface digital (um tablet) que estará nas mãos de um representante da plateia, que é parte primordial do espetáculo, afinal, sem ela, os atores sequer conseguiriam se mexer em cena.
Eu Faço Cultura
Com o objetivo de democratizar o acesso a ES:CA:PE, a Bêabá, produtora executiva do espetáculo, negociou uma cota de ingressos com o Eu Faço Cultura. O projeto do Ministério da Cultura e da Caixa Seguradora disponibiliza ingressos gratuitamente para beneficiários de programas sociais do governo, microempreendedores individuais, estudantes de escolas públicas e pessoas de baixa renda. Para resgatar os ingressos, os participantes devem acessar o site www.eufacocultura.com.br, preencher o cadastro e atender todos os requisitos do projeto.
Temporadas anteriores
Teatro Martim Gonçalves (UFBA) - Versão Beta: outubro de 2015;
Teatro Molière (Aliança Francesa): março / abril 2016;
Gamepólitan: maio 2016.
Serviço
Temporada: Aos domingos, às 19 horas, até 23 de outubro de 2016
Local: Teatro Eva Herz (Livraria Cultura), Salvador Shopping
Vendas: Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br) ou na bilheteria do Teatro, aos sábados e domingos, das 13h às 19h.
Capacidade: 204 pessoas.
Duração: até 90 minutos.
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia).
Classificação: livre