Cultura

ITABUNA: “LETRAS QUE VOAM” homenageia o escritor MONTEIRO LOBATO

Acontece em Itabuna
Viliane Reis , da redação em Salvador | 28/04/2016 às 18:28
Uma boa leitura em Itabuna
Foto: Ewerton Porto
Crianças de escolas públicas e particulares participaram, nas últimas
terça-feira (26) e quarta (27) de sessões especiais do projeto “Letras que
Voam”, mantido pela Prefeitura de Itabuna, através da Fundação Itabunense de
Cultura e Cidadania (FICC). As sessões aconteceram no Espaço Mario Gusmão (anexo
da FICC). As sessões especiais foram motivadas pela passagem do Mês do Livro
Infantil (Abril, quando das datas 2 de abril – Dia Internacional do Livro
Infantil; 18 de abril – Aniversário de Monteiro Lobato / Dia Nacional do Livro
Infantil; 23 de abril – Dia Mundial do Livro) e contaram com atividades de
contação de historias, exibições audiovisuais, leituras motivadas, dinâmicas,
histórias interativas, músicas, brincadeiras, teatro e varal de imagens. O
conjunto de atividades fez com que as crianças viajassem no mundo encantado dos
livros, e mais especialmente pelas obras do escritor brasileiro Monteiro Lobato,
criador do Sítio do Picapau Amarelo. 

De acordo com a presidente da fundação, professora Nilmecy
Gonçalves, “o Letras que Voam vem desenvolvendo um trabalho maravilhoso, que é o
de apresentar para as crianças algo novo e diferente daquilo que elas estão
acostumadas. Monteiro Lobato criou um universo para as crianças, e suas obras
são tão envolventes que podem ser lidas por todos. Essa homenagem, então, dá
conta dessa característica especial dele, que teve a capacidade de, através da
literatura, fazer ressurgir a criança que existe dentro de cada adulto e também
o de ratificar a capacidade de cada criança de criar, imaginar, explorar ao
máximo um universo literário especialmente criado para elas”, disse a
presidente. 

Para Cláudia Celia Moreira dos Santos, professora de Literatura do
Colégio Jorge Amado, “as atividades de incentivo à leitura complementam aquilo
que os discentes aprendem em sala de aula, o incentivo a leitura desperta a
curiosidade, e eu tenho certeza que o Letras Que Voam cumpre uma missão
especial, que é o de fazer surgir (transformar) pessoas comuns em grandes
leitores”, disse Claudia. 

Hadassa Carmo, a mais nova integrante do projeto, estreante nas
atividades de incentivo e intérprete da personagem “Emília” (inspirada pela
obra de Lobato), explicou que o caráter lúdico faz despertar algo que pode
estar esquecido dentro das crianças.  “No
momento das oficinas, podemos identificar o interesse das crianças pelos
livros. As obras de Monteiro Lobato fazem com que as crianças percorram esse
universo e se encantem com a magia dos livros”, disse.

O projeto “Letras que Voam”, criado pela FICC em 2015, tem como
objetivo incentivar a prática da leitura através de abordagens dinâmicas e
diversificadas, como contação de histórias, declamações poéticas, leituras
compartilhadas, interação entre as pessoas, uso de jogos educativos, encenações
teatrais. O projeto conta com um acervo de mais de 400 títulos de livros novos,
de escritores consagrados do público infanto-juvenil. Os livros chamam a
atenção pelos seus esboços artísticos, pelo texto, pela capacidade que possuem
de chamarem a atenção dos leitores. No escopo do projeto, faz-se um destaque
especial para o fato dele ter o seu caráter itinerante, visitando praças,
escolas e associações. As visitas e exposições acontecem de forma gratuita e
podem ser agendadas diretamente na sede da FICC, na Praça Laura Conceição, 339
– Centro ou através do número do telefone (73) 3613 4915.

Conheça Monteiro Lobato

José Renato Monteiro Lobato (depois ele mudou o nome para José Bento Monteiro Lobato)
nasceu em 18/4/1882 em Taubaté / SP e morreu em 4/7/1948. Ele foi um dos
grandes nomes da literatura infantil brasileira, considerado “pai” desse tipo
de literatura no Brasil, tendo criado obras clássicas como "O Sítio do
Pica-pau Amarelo", que, mais tarde, foi adaptada para o rádio e para a
televisão. Foi membro da Academia Paulista da Letras e também foi eleito para a
Academia Brasileira de Letras (mas recusou a cadeira). Morreu em 1948, vítima
de derrame.